Um sorriso se abre no meu rosto ao ler a mensagem, mas eu trato de tirá-lo de lá quando lembro que Troye está do meu lado, me observando.
"Isso que eu vi foi um sorriso? Não vai me dizer que está a fim dele, vai?" Troye diz jogando uma almofada na minha direção e em seguida, se sentando na cama.
"Não estou gostando dele." Eu também me sento na cama para poder olhá-lo melhor, e estava sendo sincera no que estava dizendo, o único garoto que tem ocupado meus pensamentos é o Kidrauhl. "Só acho fofo ele me chamar de Ariel..."
"Queria poder dizer que ele copiou o apelido que eu inventei, mas foi ele mesmo." Ele revira os olhos.
"Ele já havia me chamado assim antes de você?" Pergunto, e pego o meu celular quando o sinto vibrar.
"Em uma de nossas conversas sobre você, ele disse isso." Ele apoia uma das mãos na cama e estica o pescoço para ver o que dizia a mensagem.
"O que vocês conversam sobre mim?" Eu viro o celular na direção contrária a que ele estava para impedi-lo de lê-la antes que me respondesse.
"Pensei que você não estivesse interessada... Deixe-me ver a mensagem!" Ele choraminga.
"E não estou." Eu dou o celular na mão dele e o vejo olhar atentamente para a tela do mesmo.
"O troye está aqui em casa, quem sabe na próxima." Ele lê a mensagem. "Não acredito que respondeu isso!" Ele diz balançando a cabeça negativamente e então começa a digitar.
"O que está escrevendo, Troye?" Eu tento pegar o celular de volta, mas ele é mais rápido e desce da cama, indo para o outro canto do quarto.
"Calma. Ele disse: Ele pode vir também, e eu respondi com: Troye acaba de dizer que precisa ir embora, onde vamos nos encontrar, J?"
"Ele vai saber que é você!"
"Claro que não..." O celular apita outra vez. "Ele disse: Oi Troye..." Ele olha para mim como se não acreditasse que havia sido descoberto. "Você vai de qualquer forma, ok? E vai me contar tudo sobre o beijo depois."
"Que beijo?" Ele gargalha e pega sua mochila, descemos as escadas.
"Já está indo, Troye?" Minha mãe, que estava sentada no sofá assistindo algo na tv, diz seguiamos até a porta.
"Então você é o Troye?" Meu pai sai da cozinha e me dá um abraço de lado enquanto estende a mão para Troye.
"Eu mesmo! É um prazer, mas eu já estou indo para casa." Troye se despede dos meus pais e eu vou levá-lo até a porta. "Não falte amanhã!" Ele diz antes de dar partida com o carro e eu pego meu celular se havia chegado outras mensagens.
"Está esperando alguém?" Ouço a voz de Justin e me viro sorrindo.
"Na verdade, sim." Desço os degraus da varanda da minha casa e sento no último deles, e o garoto se junta a mim.
"Eu não ia aguentar mais um segundo naquela casa." Ele suspira com a cabeça entre as mãos.
"O que aconteceu?" Eu me sento sobre minha perna e olho para ele, que continuava na mesma posição.
"A mãe do Ethan está lá e fica perguntando o por quê de termos parado de nos falar, como se ela não soubesse o motivo..."
"E por quê vocês não se falam mais?" Eu pergunto com um certo receio de estar me intrometendo demais.
"Ah, eu não concordava com a opinião dos pais dele e ele acabou se tornando o próprio Erick Johnson." Justin diz e eu logo entendo que Erick é o pai de Ethan. "Então a gente acabou se afastando porque não tínhamos nada em comum."
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Lost Between Letters
FanfictionO ato de escrever cartas se extingue gradativamente a cada vez que a tecnologia evolui. Mas para Justin, desde que seus pais morreram, essa prática se torna cada vez mais comum. Ele vê nas cartas um escape para a saudade inexorável que sente dos pai...