▶16° Capítulo

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--Oque ouve? -- Pergunto ao ver vários índios andando de um lado pro outro carregando várias coisas em seus ombros e braços.

--A tribo vizinha a nossa foi atacada ontem de madrugada.-- Fala Remond chegando ao meu lado. -- Só sobrou uma criança e um guerreiro, eles vão vir morrar conosco nessa tribo agora-- Conclui suspirando cansado.

--Mas. . . Elas não eram tribos rivais?-- Pergunto.

--Rivais não, eles não se davam bem. . . Mas será bom eu acho, estão tentando achar um novo chefe pra outra tribo, e consequentemente a nova tribo será nossa aliada-- Fala. Confirmo com a cabeça.

--Foi atacada pelo o que? -- Pergunto receosa.

--Uma besta que andava tanto em duas quanto em quatro patas. . .-- Fala ele me olhando nos olhos. --Estão achando que nós só chegamos aqui porque algo está incomodando os deuses. Acham que podemos resolver-- Fala ele. -- Isso é problema, uma besta que anda de noite matando tudo e todos?-- Fala.

--Será que era um lican? Que ainda não consegue se controlar na lua cheia?-- Pergunto. Os licans mais novos e os que foram mordidos não conseguem se controlar e viram perfeitos assassinos, a maioria consegue autocontrole no fim da adolescência,  ao que eu ouvi falar.

--Nós não andamos em duas patas quando estamos transformados-- Fala olhando em volta nervoso, receoso talvez.

--Esta me escondendo algo?-- Pergunto desconfiada.

--Não-- Fala sem olhar pra mim.

--Não? -- Pergunto.

--Sim. . . Segui o rastro de sangue e o cheiro. . . Me levaram até a casa do Rick-- Fala. Fico surpresa, Rick? Oque ele iria querer com um recém transformado?

--Oque vamos fazer?-- Pergunto sentindo medo. Medo por mim, medo pelo Remond, pela tribo, por Marvin, pelos meus filhos.

--Não é como se pudéssemos chegar lá e matar ele, isso causaria uma enorme bagunça nas alcatéias do Brasil.-- Diz respirando fundo.

--Sou a companheira dele, não sou?-- Pergunto ele me olha com desgosto e franze o celho.-- Posso tentar amenizar a situação,  já que era pra eu estar governando também.  Podem aceitar isso, não é? -- Pergunto mordendo o lábio. Se eu o desafiasse pela liderança e ganhasse, todos iam ficar satisfeitos não é?  Mas como eu faria isso? Não sei lutar e sou fraca, sem falar que eu não sei nada sobre política e nem sei como governar.  Isso seria um grande problema SE eu ganhasse a luta.

--Sim . . .-- Diz deixando os ombros caírem. -- Mas não quero. Não quero que lute com Rick pelo poder. Não quero que corra o perigo de morrer. Não quero que os trigêmeos fiquem sem mãe. Não quero que fique fria. Não quero que se torne atarefada. Te quero só pra mim. . .-- Fala me olhando.

--Ah! -- Me surpreendo e logo depois o abraço. -- Nada disso vai acontecer,  foi só uma ideia boba, não precisa seguir ela. Podemos encontrar outro jeito! -- Falo sorrindo contra seu peito, ele me abraça me tirando um pouco do chão.

--Desculpe.  Não quero te perder. Não você. -- Falou.

--Pronto, estamos sofrendo adiantado? Isso não faz bem, vamos, quero ver meus filhos-- Falo e saio do abraço sorrindo tentando amenizar o clima tenso; é, foi somente uma ideia boba, Rick nem sabe onde estamos e - de uma forma egoista- eu posso viver em paz, mas, ele continua fazendo mal aos outros e isso eu não engulo, mas ainda cho que estou precipitada de mais nas decisões,  afinal, não sou só eu agora, tenho que cuidar dos meus pequenos e os esperar crescer para tomar alguma atitude que não os prejudique.  Vou na direção da cabana onde estão meus queridos e no meio do caminho sinto a mão do Remond segurar a minha e sorrio, entro na cabana e vou até eles.

O Alfa e a Ômega ( Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora