▶19° Capitulo

295 26 7
                                    

--Senhorita, são as ondens do supremo, não vamos soltar o
prisioneiro e, se for pra ele morrer, que morra.-- O soldado me deixa com raiva.

-- Tenha respeito homem, está lidando com a Suprema, está falando do verdadeiro herdeiro ao trono e ofendendo a minha presença.-- Uma voz cansada e triste soa.

--Sinto muito senhor, e senhorita, mas são as ordens do supremo-- O outro homem fala com pesar.

--Eu, então, ordeno que o solte. Agora-- Elevo minha voz e ajeito a postura, minha voz no final leva o tom de voz da Cass e vejo o homem relutar.

--Sim senhorita-- Ele se curva levemente e sai andando pra dentro desse lugar frio e sem vida junto com seu colega que me encara com raiva.

--Sandra, esta com raiva de mim? Eu fui obrigado a. . .-- Me viro pro Mavin e o encaro com lágrimas nos olhos.

--Qual é o seu problema? Eu. . . Nós estavamos felizes, juntos e, sei que não foi culpa sua o Rick ter nos achado mas. . . podia ter nos avisado, ter chegado no seu precioso "Vitor Hugo" e dito pra fugirmos-- Abraço meu próprio corpo com os braços cruzados enquanto uma lágrima escorre pelo meu rosto. --Não estou com raiva de você, estou magoada. Muito magoada, você traiu a minha confiança. -- Dito isso eu me viro de costas novamente e acompanho os guardas que saem com o corpo inérte do Remond nos braços. --Avisem pra todos os seus colegas que, apartir de agora vocês iram me obedecer assim como obedecem o Rick. Sou a suprema e não adimitirei mais nenhuma falta-- Digo fria, fingindo nervosismo. Os vejo acenar e relutantes, e preguiçosos eles carregam ele escada acima.

Suspiro e os sigo.

Se Rick quer que eu fique aqui, então irei ficar, mas, no meu lugar de direito. Se ele quer que eu seja sua companheira irei ser, se ele quer que eu seja a suprema e coloque a coroa. Então irei colocar, e nada vai tira-la da minha cabeça, nem Rick nem Marvin.

Quando as escadas acabam eu tomo a frente os mostrando o caminho que devem seguir, passo pelos corredores e subo escadas, viro esquinas e mais escadas até que chego aonde queria. O quarto ao lado do meu, é enorme também e com uma sacada igual a minha, realmente é luxo de mais. Eles o colocam na cama e ficam me olhando, estranho no começo mas logo entendo agradecendo o favor e os pedindo licença do quarto.

Vou até Remond que está tremendo de frio, com os lábios e estremidades do corpo roxas ou azuis. Sua respiração não sai mais como fumaça e ele parece se encaixar no colchão macio.

Meu peito aperta quando vou até ele o cobrindo com o cobertor grosso e depois saio a passos rápidos do quarto e vejo Ritā escorada na parede do corredor.

--Senhorita, estou a seus serviços-- Fala curvando a cabeça e depois mostrando o pescoço em sinal de submissão.

--Como?--

--Ah, me desculpe a indiscrição e indelicadeza, senhorita mas, sei que não sabe muito sobre esse castelo.--Ela fala abaixando a cabeça como se tivesse envergonhada de dizer isso.

--Ah, não precisa pedir desculpas, sei que só quer me ajudar.-- Sorrio pra ela e depois me lembro do que precisava. --Pode, por favor, me trazer alguma coisa pra eu ajudar o Remond? Algo pra fazer curativos e essas coisas. ..-- Falo gesticulando e ela acena com a cabeça e sai andando de pressa enquanto eu volto suspirando pra dentro do quarto.

O vejo deitado na cama e meu peito aperta e meu coração se contrai, vou até ele respirando fundo algumas vezes e me sento ao seu lado na cama. Acaricio seus cabelos e dou um beijo em sua testa, meus olhos ficam embaçados e sinto algumas lágrimas rolarem pelas minhas bochechas. As limpo de pressa olhando pro quarto a minha volta, vou até uma porta e a abro vendo um enorme banheiro com banheira, pia, box, vaso e chuveiro. Abro a torneira da banheira e coloco em água quente, tampo o ralo e vejo a banheira ir acumulando água e se enchendo aos poucos.

O Alfa e a Ômega ( Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora