11 capitulo

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Os indígenas falam que somos protegidos dos Deuses, e outros falam que somos os próprios Deuses.

 Ganhei um "conjunto'' de pele de Diaurum depois do incidente com a Malika, é uma blusinha que acaba pouco acima do umbigo e uma saia folgada que vai até o meio das minhas coxas, da muita liberdade pras pernas se quer saber. E o Remond ganhou uma tanga de couro de crocodilo. Ele está uma graça com aquela pele bronzeada e os músculos de fora. A tanga só tampa o necessário, então , eu posso apreciar uma coisinha ou outra. Ele pintado de guerreiro vira uma beldade. As mulheres o chamam de Kola e Kala. Eu concordo plenamente é claro.

(Obs: Diaurum; onça preta e poderosa/ Kola; forte e poderoso/ Kala; homem bonito)

Já percebi que vários homens me chamam de Pelena. Remond parece entender o que significa, e fica com raiva e ciumes. 

(Obs: Pelena; Bonita)

Uma anciã disse que meu bebe será uma menina, ela a chamou de Maluhia. Será que realmente será uma princesinha? Minha princesinha? Ou um princepezinho? As pessoas estão achando que são gêmeos por causa do tamanho, e eu também estou achando porque, não é possível que só um lican cresça desse jeito! Estou enorme! Estou inchada e gorda sem falar que ando dormindo mais que o normal, estou tendo tonturas e mal estar. Mas fora isso to bem. Estou muito feliz, Rick nunca mais deu sinal de vida, e é melhor assim, acho que ele não sabe onde estamos.

--Nao gosto disso, nem um pouco!-- Fala Remond me olhando com carinho, estou na minha forma lupina, deitada no chão cheio de mato ao meu redor, estou perto do rio onde os indígenas tomam banho. Luja, um guerreiro, acabou de falar que os crocodilos estão vindo para esse lado do rio, já que os animais atravessam o rio aqui. -- Ë perigoso! Imagina todas essas crianças em um rio cheio de predadores?! Indefesas, e as mulheres dos nossos guerreiros e caçadores, indefesas também. Temos que fazer algo! Estamos correndo perigo-- Ele fala passando a mão pelo cabelo já comprido e a barba crescendo consideravelmente.

Remond está andando com o kacike desta tribo e está começando a falar como um verdadeiro líder. Soube que a mulher do kacike, Pulonu, é estéril. Me pediram para cura-lá para que ela desse um herdeiro que possa assumir a tribo. Chorei muito aquele dia, não podia fazer nada, afinal, sou somente uma lican, fiquei realmente muito triste e fiquei chorando por horas, até a própria Pulonu vir me consolar, dizendo que já sabia que tinha uma chance de eu não ser capaz de cura-lá.

Estou nos últimos meses de gestação, como eu sei? Estou sentindo várias dores de contrações. A curandeira disse que posso entrar em trabalho de parto a qualquer momento, isso me assusta. Dizem que dói parto normal, mas. . . Imagina parto normal de gêmeos?! Isso sim deve doer, Remond está super feliz e protetor comigo. Ele está só carinho e beijinhos, vai ser um pai babão tenho certeza! Vai me trocar pelos nossos filhos.

>o<

Acordo com uma forte dor na barriga e arfo colocando a mão sobre a mesma, instantaneamente começo a chorar de dor.

Cass: Oque. . . é isso? Porque. . . Dói tanto?!

Pergunta Cass ofegante, não respondo porque sinto outra pontada de dor e arfo de novo me apoiando nos cotovelos, Remond acorda com meu movimento e me olha assustado, olha meu rosto e se desespera, ele levanta rápido.

--O que eu faço? Onde tá doendo? Quem eu chamo? O que eu faço? Será que já vão nascer ou é alarme falso de novo? Ai meu santo Tupa!-- Fala ele e eu fico nervosa com o nervosismo dele. Mais uma pontada e eu arregalo os olhos quase gritando. Remond sai da nossa ''cabana'' correndo e eu fecho os olhos com muita dor. Respiro fundo varias vezes.

O Alfa e a Ômega ( Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora