Capítulo 10

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Mike

Cheguei ao restaurante atrasado. Tinha combinado de almoçar com minha prima e o esposo dela para pôr a conversa em dia. Depois eu iria ao aeroporto buscar Kamilli, que chega hoje de Paris. Eu estava morrendo de saudades dela e não via a hora de abraçá-la.

Eu não tinha conseguido falar com Viola novamente para explicar tudo. Tinha a impressão de que ela pensava que eu a usei como mera diversão. Ela deveria estar muito magoada com tudo o que aconteceu ontem. Eu estava muito preocupado por não ter tido a chance de uma conversa depois que transamos em minha mesa.

Depois de ter falado com Kamilli, tentei ligar para viola, mas ela não me atendeu. Tinha um jantar de negócios com uma amiga que estava chegando de viajem e pediu que eu desse uma carona a sua namorada, que por coincidência, mora no mesmo prédio que o meu. Eu não sabia que Viola estaria naquele restaurante e muito menos com Dallas.

Pela discussão deles, Viola deve ter contado que trabalharia para a Ellis, ou seja, para mim. Depois de ter ouvido as palavras dela antes de sair do restaurante, tive a certeza de que Dallas tentou alterar a data do casamento para dali um mês, sem sucesso. Aquele babaca era mesmo muito previsível!

Fiquei muito puto ao ver Dallas falando daquele jeito com Viola, como se ela fosse um cão que merecesse ser punido. Não consegui me controlar e quando vi já estava em cima de Dallas. A parte triste foi ter acertado Viola. Eu teria feito qualquer coisa para ter levado aquele golpe em seu lugar.

Depois da briga, alguns seguranças chamaram a polícia e tive que ir para a delegacia. Dallas me fuzilava com o olho vermelho de tanto que soquei sua cara e eu tinha a impressão de que ele me mataria se pudesse. Tive que pagar uma fiança para ser solto e graças a Deus, tinha Karen como assistente ou automaticamente teria de passar a noite em uma cela.

— Boa tarde! Mesa para um? – o maitre perguntou sorrindo.

— Não, obrigado. – agradeci apontando a mesa onde Casey se encontrava. – Alguns amigos me aguardam!

Casey era minha prima mais velha, que foi criada comigo como se fosse minha irmã. Ela passou por momentos trágicos durante a adolescência e se tornou policial. Ela se casou com Ryan, tio de Viola, e hoje trabalha como psicóloga do departamento de polícia de Manhattan. Ela estava acompanhada de Ryan e mais alguns amigos, que com exceção de uma pequena morena, eu conhecia a todos.

— Uau! Que bela recepção! – disse, ao me aproximar da mesa. Todos se levantaram sorrindo e Casey me abraçou. – Como vai, perigo?

— Não a chame assim. – advertiu Ryan com seu bom humor. – Agora ela é mãe de família. Perigo você deveria chamar as gêmeas.

— Nem me fale! – Maise complementou com voz sarcástica. – É mais fácil lidar com bandidos do que com aquela duplazinha.

Todos soltaram uma gargalhada contagiante, que nem mesmo Casey conseguiu se segurar.

Maise era o melhor amigo de Casey. Ele era delegado e padrinho de Vitoria. Eu era o padrinho de Valentina. Vitoria e Valentina eram uma dupla nada fácil de se lidar. Uma parecia ler a mente da outra e enquanto uma pensava, a outra executava. Tinham o dom de deixar a todos maluquinhos!

— Você está lindo! – disse Brooke, me abraçando e dando um beijo no meu rosto.

— Você também não está nada mal. – devolvi o sorriso e a abracei.

— Hey! Arrume uma mulher para você, seu conquistador barato. – Ryder disse, fingindo aborrecimento e puxando Brooke para o lado. – Embora eu concorde que você está diferente daquele rapaz que saiu daqui anos atrás.

Serie Destinos - Livro 04 - Quando eu voltar (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora