Quase um ano antes.
Não conheciam o que era sentir o sabor do vento nem o que era sentir o sol sobre a pele. Uma brisa então era impossível, pois estavam enclausuradas num laboratório a anos. Não sabiam quando era dia ou noite. Poucas vezes tiveram permissão para sair, isto só aconteceu quando eram crianças.
Queriam mais e precisavam de mais. Como seus tutores mesmo diziam: "Se quiser alguma coisa pegue". E fariam isto, custe o que custar.
Desde que se lembravam moravam naquelas instalações. Tinham treinos constantes desde que se lembravam também.
Não conheciam o que era se socializar e brincar só quando tinham três anos. Era uma vida dura cheia de regras e punições.
A única pessoa que podia chamar de família vivia ao seu lado e ambas se chamavam de irmãs, Calypso e Azenathi. Uma só confiava na outra e vise e versa. Formavam um time. Uma unidade! Uma família!
Com o passar dos anos, os treinos e testes cada vez mais severos e abusivos tomaram uma decisão.
O convívio com o Dr. Polanitis já não era tão prazeroso.
O homem que as ensinou desde pequenas a não sentir nada e a obedecer cegamente suas ordens, nem imaginava o que tinham preparado para a apresentação de hoje.
Calypso olhou a sua volta e respirou fundo. Estava sentada em sua cama esperando alguém vir buscá-la. Segundo o doutor este seria o último teste delas.
Conhecia milimetricamente cada centímetro da sua cela, afinal tinha sido criado nela desde que nasceu. Antigamente existia desenhos nas paredes, coisas alegres de crianças e fantasias... sonhos... Um dia o doutor chegou com minha odiosa tutora e retirou tudo pintando o quarto de branco. Odiaram ainda mais o doutor.
Azenathi minha irmã tinha ouvido que íamos ser separadas depois deste teste, mas tínhamos uma surpresinha guardada para eles. O sorriso que ela deu faria qualquer um gelar.
Tinha colocado sua roupa preferida para o grande dia, roupas pretas e elásticas. Hoje usaria suas armas preferidas também, escopetas de cano serrado.
Não via hora de tudo estar terminado.
_ Preparada? - um dos guardas lhe perguntou abrindo a porta.
Apenas me levantei e sai de minha cela ajustando os braceletes de couro em meus punhos.
Grunhiu irritada ao ser escoltada por seis guardas armados. Não que seria um problema para ela, mas tinha que manter certo temor.
A conduziram até uma sala imensa onde Az já a aguardava de cabeça baixa. Quando a viu, Azenathi levantou a cabeça e a encarou.
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Destiny - Nova Espécie
Fiksi PenggemarTrabalhar no centro médico foi uma realização pessoal para mim. Gostava muito de minha profissão. Desde que fui liberto da Mercille tentei ser útil para meu povo de todas as formas possíveis, mas foi como enfermeiro que me encontrei. Com o passar do...