Destiny - Nova Espécie

Capítulo 2 - Sem Revisão

Destiny

Dia após dia eu ia aquela sala e conversava com ela até meu tempo terminar. Não era aconselhável um macho cuidar de fêmeas, ainda mais quando elas estavam desacordadas, mas graças aos anos que trabalhava com Trisha ganhou a confiança não somente dela, mas de todo conselho e de Justice, por isto estava encarregado de monitora-las.

A primeira vez que a vi, senti meu coração disparar e um sentimento forte de proteção e algo mais tomar conta de mim. Era inacreditável se sentir assim por alguém que nem te conhecia.

Ela estava magra e maltrada. Tão frágil e pequena naquela maca fria que meu coração sangrou de dor. Teve vontade de matar aquele doutor, mas preferiu cuidar dela e de sua irmã. Pois sua preocupação principal era ela.

Quando Trisha trouxe a amiga dela para ajudar uma sentelha de esperança se acendeu em seu peito, pois nada as fazia despertar. Tinham medo de usar as drogas e elas não resistissem ou tivessem alguma reação negativa.

Quase enlouqueceu quando Paola disse que elas estavam morrendo que poderiam acontecer a qualquer momento se não achassem um antidoto.

Presenciou o esforço sobrehumano de Paola que praticamente ficou três dias sem dormir trancada no laboratório, até que seu corpo não aguentar e ela sucumbir ao cansaço. Severus a fez descansar por um dia inteiro.

Todos os testes e reagentes que utilizou não deram resultados até que ela fez algo que agradeceria eternamente, Paola foi atrás do criador do veneno. Ainda me lembro com clareza deste dia, pois fui junto com Severus e os outros a Fuller.

O cheiro daquele lugar estava ainda em minhas narinas.

Deixamos ela entrar sozinha no quarto como havia pedido, apesar dos protestos de Severus, mas o doutor estava com os braços engessados e com vários tubos intravenossos, mas totalmente lúcido e falante.

_ Eu te conheco. - ele lhe disse ao vê-la entrar - Já te vi numa reportagem sobre DNA e um artigo seu na Scientific Reports - Nature Publishing.

_ E bem informado doutor. - a vimos puxar uma cadeira e se sentar próximo a cama dele com um sorriso gentil nos lábios - Isto dispensa apresentações. Estou analisando sua pesquisa.

_ Fascinante não é!? - sorriu convencido - Nem acredito na sorte que tive ao ver meus experimentos dar frutos como aconteceu.

Sentimos a raiva crescer dentro de Paola enquanto ela se mostrava calma e serena. A mulher sabia disfarçar muito bem.

_ O senhor me deixou realmente impressionada. Juntou ao DNA humano três tipos de espécies distintas. O senhor criou as armas perfeitas! Fisicamente humanas, mas com capacidade sobrenaturais. Mas fortes, ágeis, velozes...

_ Inteligentes! - os olhos deles brilhavam envaidecidos - Elas são muito mais inteligentes. Tem uma capacidade acima da média.

_ Quantos nasceram imperfeitos até você atingir seu objetivo? - questionou ela.

_ Sacrifícios são necessários pelo bem da ciência . - a frieza que ele disse aquilo fez os machos rosnarem em resposta - Todos foram abatidos e descartados. Você entende como isto funciona?

_ Sim, eu entendo. - a fúria dela fazia Severus respirar acelerado - Mas seus sucessos estão morrendo. Não sabemos até quando vão suportar aquele estado.

As feições do doutor se endureceram.

_ Preciso acorda-las.

_ Nem sobre tortura eu contei. Por que pensa que eu contaria para você?

_ Somos colegas. - ela sorriu - Não acredito que depois de tanto esforço vai deixa-las morrer.

Todos analisamos as feições pensativas do doutor que olhava para o teto.