9 Capítulo ♠ Kin

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Myla

Depois de dar um banho no Kin, boto ele em alguns panos no chão e deixo ele lá, enquanto ele fica deitado vou tomar um banho e ler aquele diário que encontrei no sótão ou melhor dizendo, meu quarto, é bom aproveitar enquanto a Vick ainda está na sala.
Depois de tomar banho, visto uma camisa qualquer que pega na metade dá minha coxa, sento na cama e pego o diário que está dentro da bolsa, enquanto abro a trava do diário Kin tenta subir na cama, pego ele é boto no meu peito, ele se acomoda e deita lá, eu começo a ler.

Livro

*22/jan/1997
Fui a floresta colher algumas ervas necessárias para o rito de hoje à noite, e no caminho encontrei um gato preto com os olhos azuis, ele já não era um filhotinho mais também não era um gato formado, resolvi ficar com ele, seu nome é Hen.

- Kin, será que você era o mascote dessa senhora?- falo rindo e passando mão no Kin.
Depois de meu comentário continuei lendo.

Em fim depois de colher as ervas resolvi voltar para casa, mais antes que eu chegasse lá Nora me parou, perguntei o que ela queria e antes que ela tivesse chance de chegar perto de mim Hen a atacou e ela sumiu. Creio que ela estava usando alguma magia de invocação ou algo do tipo, mais mesmo assim me sinto feliz por ter encontrado o Hen, se não fosse ele eu estaria perdida, já que não posso usar meus poderes nesse mundo. Caminhei até minha casa e botei as ervas sobre a mesa. Fui até o sótão buscar as minhas chaves, depois que peguei, fiz o círculo e botei as ervas, no centro fiz a marca onde deveríamos ficar.
- Oi, acabei de terminar o círculo, você trouxe o meu punhal?
- Claro.
- Então vamos, eu ainda tenho uma semana para me organizar para as aulas.
- Você está bem animada com tudo isso.
- Com certeza, principalmente com a ideia de ter um familiar.
- Então vamos.
Pego minha mochila que tem meus grimórios e algumas ervas, e entro no círculo, ele vem logo depois de mim com suas armas.
- Tem certeza que isso é necessário?
- Não sei mais não vou a logar algum sem elas.
- Ok, ok, então vem logo.
Ele entra no círculo e eu pego uma chave e recito o poema que leva até a biblioteca central.
"Deuses que nos guardem, magos que nos guiem e chave que nos abra a porta que nos sacie"
Um clarão toma todo o ambiente, chegamos a uma biblioteca qualquer com pessoas normais.
- Tem certeza que você não fez nada de errado.
- Claro que não.(falo sorrindo)
- Então para onde vamos agora?
- Venha comigo.
Pego na mão dele e saio correndo com ele, vamos até uma parte bem isolada e sem ninguém.
- Elisabethy, não é hora para seus joguinhos, temos que chegar a biblioteca.
- Eu te prometi que não ia mais fazer jogos com você. Essa é a porta para a biblioteca. Olhe bem essa estante, não vê nada de anormal?
- Ela só tem um livro.
- Exatamente, e esse livro é um livro de magia de invocação, só sobrenaturais bons o suficiente conseguem entrar lá, é por isso que consideram difícil.
- Então o que faremos agora.
Pego o livro e abro na única página que não está em branco, lá pede o sangue do sobrenatural.
- Pega, agora faça tudo o que eu falar.
- Tudo bem, pode falar.
- Eu quero que primeiro você faça um corte na minha mão e na sua. Depois derrame algumas gota bem nesse circulo desenhado na folha.
- Ok, mais se o corte estiver doendo me avise.
- Tudo bem, mais não precisa se preocupar tanto.
Ele pega o punhal e faz um corte na mão dele e logo depois na minha, e assim como pedi ele pinga as gotas de sangue logo depois das minhas, fecho o livro e o ponho novamente na prateleira, assim que o coloco um circuito de luz se forma ao nosso redor, derrepente tudo se torna branco, pouco tempo depois estamos em uma biblioteca com várias pessoas tanto no chão como voando sobre nós. Uma garota aparentemente com a mesma idade nos vem ao nosso encontro.
- Prazer em conhecer, eu me chamo Reyle, Reyle Basterson.
- Olá, eu me chamo Elisabethy Blakson. E esse é Pether Mikaelson.
- Seu namorado?
- Não, só um amigo.
- Ah, bom saber, você seria uma péssima concorrência.
- Não entendi...
Ela vai até o Pether e começa a falar com ele.
- Oi Pether.
- Oi.
- Então o que você acha de eu te mostrar o lugar?
- Acho que já tenho companhia.
- Mais a Elisabethy já me falou que vocês são só amigos, acho que não tem problema você dar uma voltinha comigo.
- Então você quer sair em um encontro?
- Se você preferir, eu só quero conhecer você melhor.
- Entendi, mais eu preciso te falar uma coisinha antes.
Ele chega no pescoço dela e cochicha algo, nesse momento sinto o meu sangue ferver, ele fala algo que a faz sair quase correndo e com uma cara nada boa.
- O que falou pra ela?
- Nada, só falei que ela não faz meu tipo.
- Entendi, mais agora vamos indo, tenho que achar um emprego e e um apartamento pra nós.
Me viro para andar até a estação de trem que fica logo em frente, quando termino de me virar Pether segura a minha mão, entrelasça seus dedos nos meus e chega perto do meu ouvido e cochicha.
- Você ainda não me perguntou qual garota faz meu tipo.
- Pether não é hora de fazer brincadeiras.
- E quem disse que eu estou brincando.
Ele me vira e chega bem próximo do meu rosto.
- Você se tornou muito atraente com o passar do tempo minha princesa.
- Não e hora Pether, vamos se não perderemos o trem.
- Tá bom, tá bom, já parei.
Ele bota a mão sobre meu ombro e saímos em direção ao trem. Quando saímos lá fora já está quase anoitecendo, entramos no trem e nos sentamos, Pether fecha a porta.
- Me desculpe pelo "incidente" na biblioteca. Eu só queria deixar claro que já tenho companhia.
- Tudo bem, só não faça aquilo novamente.
Tiro a capa que estava vestindo e fico só com minhas roupas habituais, que são: Uma bota cano longo que pega quase no joelho, uma meia que vai até o final da perna, uma saia rodada no meio da coxa e uma camisa. Sou abatida pelo sono já que tinha usado bastante poder para abrir o portal sozinha. Cada pessoa tem um vagão pra ficar com seu grupo, o meu só tem eu e o Pether mais mesmo assim achei um vagão pequeno, no nosso vagão tinha uma cama, um banheiro, uma TV e um armário com algumas comidas, mas como eu não tinha dinheiro o suficiente pra pagar um vagão maior vou ter que me virar com esse.
- Pether já estou indo dormir.
- Vou com você.
Como minha roupa me faz sentir muito calor resolvo vestir um pijama, que é uma camisa e um short, me viro para ver o que Pether está fazendo e vejo ele terminando de beber um copo de água e vindo na minha direção, ele está apenas...

Vick entra no quarto e eu guardo o livro, olho pro relógio e vejo que já passam das dez horas, olho para o meu peito e vejo Kin dormindo bem acomodado, tento não acordar ele mais ele acaba acordando quando fui guardar o livro, boto ele deitado no chão e deito de lado, ele sobe até meu pescoço e se acomoda lá. Tento dormir mais fico incomodada já que os personagens do livro tem o mesmo sobrenome que os meus pais, talvez esse diário seja dá minha mãe, mais esse negócio de portal não faz o menor sentido, talvez a minha mãe retratasse seus sonhos aqui, isso sim faria sentido, e ela fala nas chaves, mais se ela realmente foi pra esse "outro mundo" as chaves nem o diário deveria estar aqui, de qualquer forma é melhor eu dormir e parar de pensar besteiras, mais confesso que se for realmente um livro escrito pela minha mãe ela seria uma bela escritora se estivesse viva.

Descrição dos personagens:

Elisabethy: 1.72 de altura, cabelo castanho que bate depois dá bunda, liso, olhos verdes.

Pether: 1.79 de altura, cabelo curto e castanho claro, olhos cor de mel.

Entre dois mundos DistintosOnde histórias criam vida. Descubra agora