4 Capítulo ♠ Dia de desespero

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Vick

Chegamos no hospital, eu não consigo parar de chorar, mesmo que eu tente. Luan percebeu meu desespero e me abraçou, eu senti meu coração bater ainda mais forte e meu rosto corar, mais não queria sair dali, parece que depois de tanto tempo nada mudou.
- Me desculpe, me desculpe por tudo Victória (Luan cochicha no meu ouvido e sinto meu rosto ficar vermelho como um morango).
Ainda bens que ele me solta um minuto para saber sobre a Myla, saber onde ela estava e se estava bem.
Foi aí que consegui voltar a minha coloração normal, espero que ele não tenha notado.
- Victória pelo que o médico me disse ela está na UTI porque bateu com a cabeça muito forte no chão, mais ele disse que ela sairá de lá logo logo.
- Que bom, e você sabe quando podemos ver ela?
- Sinceramente não sei, mais já está tarde. Vem eu te levo pra casa.
- A pé?
- Verdade esqueci meu carro. E agora?
- Tenho uma tia que mora aqui perto, podemos dormir na casa dela.
- E quanto a mim.
- Você pode dormir lá se quiser.
- Tudo bem, vamos lá então.

...

Andamos por um bom tempo até chegar na casa da minha tia, é uma casa meio velha e com várias plantas na frente.
- Então esse é seu "amigo".- ela fala com um olhar estranho.
- Sim tia.
- Entrem por favor. E você como se chama?
- Luan.
- Vou pegar uma roupa pra você Luan, pode ir banhar, Victória mostre a ele onde está a toalha enquanto eu arrumo o quarto de vocês.
- A senhora o que?- falo, como assim "o quarto"?
- Por mim tudo bem.- Luan fala
- Venha Luan vou te entregar a toalha e te mostrar onde fica o banheiro.
- Cara sua tia não bate bem da bola.- ele fala rindo.
- Com certeza não, e você ainda deu pilha.- ri em resposta.
- Desculpe-me, não foi a intenção- ele dá uma risada sarcástica.
- Vai logo banhar se não vou banhar junto com você, anda logo.
- Essa é realmente uma oferta tentadora- ele da um riso maroto (riso de canto, aqueles risos safados) e vai para o banheiro.
Realmente nada mudou dês daquele tempo, dou um pequeno sorriso.

{- Victória venha aqui, olha o que eu achei.
- O que é dessa vez não me diga que é um gafanhoto, sabe que não gosto deles.
- Eu nunca faria algo assim com a minha princesa, e você sabe disso.
- Tudo bem sendo assim eu vou.
Ele me mostra várias borboletas, cada uma mais linda que a outra. Começo a correr entre elas e não percebi uma pedra que estava no meio do caminho, tropeço nela e sinto meu corpo cair em um barranco, com medo fecho meus olhos é aí que sinto algem segurar minha mão.
- Tenha cuidado.
- Por que você me protegeu?
- Porque gosto de você, e como você é minha princesa meu dever é te proteger.
- Já falei pra você não se preocupar.
- E foi o mesmo que me mandar que eu me afaste de você; impossível.
- Então juro aqui e agora que sempre vou te proteger, enquanto eu viver.
Ele dá um sorriso e segura a minha mão.
- Victória preciso te contar que...}

- Victória, Victória venha é sua vez.
- Já to indo, mais cade o Luan?
- Já está comendo lá em baixo, vá banhar pra se juntar a nós.
- Já estou indo.

Passei um bom tempo debaixo dá água pensando no que havia acontecido até agora. Depois que sai do banheiro fui direto pro quarto onde dormia antigamente, ele era de frente para uma rua e dava de ver o hospital pela janela, tinha uma cama de casal e dois criados mudos, vesti um pijama dá minha prima, ele era preto com flores brancas estampadas que era uma camisa curta que pegava a uns quatro a cinco dedos abaixo do meu peito e uma calça, eu particularmente achei a blusa curta já que meus seios são um pouco grandes, mais já que é só pra dormir tudo bem.
Fui ao banheiro escovar meus dentes e quando volto vejo o Luan só de bermuda caminhando rumo a minha cama.
- O que diabos você esta fazendo no meu quarto?! Sai daqui agora!
- Sua tia que me mandou pra cá a culpa não é minha.
- Tia vem aqui agora!- grito.
- O que foi? O que que houve?
- O que ele está fazendo aqui?
- A casa tem muita gente, não tem mais quartos vazios, ele terá que dormir com você.
- O que? Comigo? O que deu na senhora?
- Ele é seu amigo, creio que não há nenhum problema nisso.- Ela sai com uma risada maliciosa no rosto.
- E agora o que eu vou fazer? Acho que não tem jeito, você terá de dormir comigo.
- Por mim tudo bem, e a propósito você ficou muito bonita nessa roupa.- Fala com uma risada no rosto e se direciona para o rumo dá cama.
- Mais você vai ficar em um canto dá cama e eu no outro.
- Sim senhora.- Fala com um sorriso sarcástico no rosto.
Caminho em direção a cama, me sento na cabeceira dá cama próximo a janela e fico olhando para o hospital, sinto as lágrimas descerem no meu rosto mesmo eu não querendo chorar, é aí que sinto Luan me abraçando, me sinto confortável e a mesmo tempo com vergonha.
Resolvi fingir que estou dormindo para ver o que ele vai fazer, depois de um tempo ele percebeu, antes de me coloca na cama ele cochicha alguma coisa que não entendi, ele coloca na cama, me sinto desconfortável na posição em que ele me colocou e o calor não ajudava muito me mecho pra achar uma posição que me agrade, quando percebo já estou sobre o peito de Luan, resolvi não sair pra ele não desconfiar e acabei dormindo.

Luan

Vejo a Victória chorando na frente da janela enquanto olha para o hospital, chego por detrás dela é dou um abraço. Sinceramente achei que ela bateria em mim ou algo do tipo mais ela não fez nada, isso me assustou, porque depois de tanto tempo ela ainda confia em mim, o que ao mesmo tempo me deixa feliz. Passamos um bom tempo daquele jeito, foi aí que percebi que ela estava dormindo.
- Parece que realmente nada mudou. -Falo cochichando para não há acordar-la.
Arrumo ela na cama e me deito ao seu lado um pouco distante pra não incomoda-la. Estava um pouco quente já que ela não ligou o ar condicionado, vi que o controle estava em cima do seu criado mudo, curvei meu copo em cima dela com cuidado pra não acorda-la, consegui pegar o controle e ligar o ar, depois disso me deitei e fechei os olhos tentando dormir um pouco, quando de repente sinto algo em cima do meu peito, assim que abro os olhos vejo Victória deitada sobre meu peito, ela ainda dormia então acho que foi involuntáro, ela pôs sua perna em cima de mim e foi aí que senti meu coração bater mais forte, fechei os olhos pra tentar dormir mais não conseguia parar de pensar nela, principalmente depois que ela falou que...
A tia dá Victória entra no quarto e fica por um bom tempo e cochicha alguma coisa que não consegui ouvir direito fingi que estava dormindo para não gerar problemas, depois ela sai do quarto e fecha a porta com muito cuidado.

Entre dois mundos DistintosOnde histórias criam vida. Descubra agora