"Porque sempre que você sorri, eu sorrio." – U Smile – Justin Bieber
A bebida, certas vezes, tira nossa sanidade, e obviamente foi isso que aconteceu com ele. Falta de sanidade, falta de compreensão em si mesmo. Arthur não se apaixona, e isso já é claro pra todo mundo. Ele é uma mistura de zombaria com ironia e sarcasmo. Falar que já se apaixonou é quase uma piada saindo de sua boca. Bobas são as pessoas que acreditam. Mais bobas ainda são as que desejam profundamente que seja verdade, e que seja por elas; eu, por exemplo.
Todos se calaram, e o silêncio permaneceu por um longo tempo. Até Laura deitar na calçada e nos convidar à fazer o mesmo. E fizemos.
Olhávamos para o céu estrelado, todos com os corpos juntos um do outro, éramos apenas nós olhando a imensidão de infinitas estrelas. Aquilo se parecia tanto com uma pintura! Cada detalhe pintado com perfeição.
Olhei para os lados vendo todos deitados na calçada às 4:42a.m a admirar as estrelas. Todos perdidos em seus próprios pensamentos. E eu não pude deixar de pensar em como cada momento, de certa forma, tem uma certa perfeição. Tudo parecia tão bem planejado, até mesmo quando saía um pouco fora dos trilhos. Mesmo no que parecem ser os piores momentos, acredito que vemos um propósito mais tarde. Nada acontece em vão, não é?
Fechei os olhos e agradeci mentalmente esse momento de calmaria. Abri os olhos novamente, observando cada detalhe, como se quisesse gravar tudo. E eu amei profundamente cada um deles aqui. Amei com intensidade, com sinceridade. Eu encontrei o meu lugar. Mesmo que seja em uma calçada, eu estou com as pessoas que eu amo. Quero para sempre me lembrar desse momento.
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Estava na aula de sociologia tentando não pegar no sono, enquanto Laura se divertia com algo em seu celular. Maluca.
A cada palavra que a professora falava, diminuía 5% do meu ânimo, e hoje é apenas segunda-feira!
— Página 78, exercício 6. Para agora.
Cacei a página na maior má vontade e reclamei mentalmente por ver que o exercício era enorme.
Comecei a desenhar na folha e vi a professora se aproximar de Laura.
— Senhorita Thompson, não sabe que o uso de celular em sala de aula é proibido? Isso é lei!
Laura tinha tomado um susto com a presença da professora em sua carteira, e se não fosse a situação em que ela se encontrava, eu teria rido.
— Sinceramente? Eu não sabia. — percebi ironia em sua voz.
— Impossível não saber! Tem um comunicado enorme sobre isso no quadro de avisos.
— Não costumo prestar atenção no quadro de avisos. — ela deu de ombros.
— Então acho melhor te levar na direção para que possa ler o que tem lá. — ela disse com superioridade. — Tem até um na sala do Albert. — ela riu fraco, e Laura me olhou com o tédio aparente em sua feição.
Ela ia levar suspensão, com certeza.
Peguei meu celular sendo pouco discreta e mandei mensagem para Matt, que estava na mesma sala que nós. Segundos depois que apertei para enviar a mensagem, pude ouvir o toque de seu celular e a professora o olhou inconformada.
Matt tirou o celular do bolso e me olhou confuso, talvez até bravo.
— Nossa, Matt! Eu não sabia que seu celular estava com o volume alto. — encenei um pouco, levantando meu celular para que a professora visse que eu havia mandado mensagem para Matt. — Quando me mandou primeiro, achei que tinha tirado o volume.

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One More Time
RomanceQuando Julie se muda para o Canadá, acaba conhecendo cinco meninos, Matthew, Arthur, Logan, Anthony e Gabriel, e acabam virando bons amigos. Eles são loucos, adoram festas, ficam com várias meninas e se divertem o máximo que podem. Mas e quando ela...