One More Time

I believe in us.

"De todas as meninas, você é a minha única menina." – You And I (Nobody In The World) – John Legend

Albert entrou no refeitório, com uma cara de bravo claramente estampada. Matt desligou o som no mesmo instante, e Anthony me entregou os balões com pressa.

Todos ficaram em silêncio enquanto ele caminhava para o centro do lugar.

— Alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui? — ele fez uma pergunta geral, mas olhava para o nosso grupo em específico. — Que música era aquela, que gritaria foi aquela, e que monte de balão é esse, senhorita Watson?

— Eu posso explicar, diretor. — eu disse sem graça.

— Espero que possa, porque é exatamente de uma explicação que eu preciso.

— Arthur quis se declarar e fez tudo isso! — Laura disse rápido.

— Ah, muito obrigado, Laura! Eu preciso mesmo que ele saiba que fui eu que fiz tudo. — Arthur disse irônico.

Albert pareceu confuso e surpreso.

— O Arthur quis o que? — ele perguntou.

— Me declarar. É, eu quis me declarar.

— Então você trouxe música, balões e um presente para a senhorita Watson?

— Eu disse que ele não precisava, mas ele não fez nada de errado, nenhuma bagunça ou descumprimento de regras. — eu disse, escondendo a parte do beijo.

Albert permanecia com as mãos para trás, ainda surpreso.

— É, ele não fez nada de errado. — e surpreendentemente abraçou Arthur. — Garoto, eu não acredito que você finalmente criou juízo!

Eu dei uma risadinha, um pouco surpresa pelo ato.

— Obrigado, senhor. — Arthur disse abafado pelos braços do diretor. — Eu acho.

— Eu sabia há muito tempo que vocês dois eram apaixonados um pelo outro. Não acredito que só descobriram agora. — ele riu fraco. — Bom, antes tarde do que nunca. Não é o que dizem?

— Pois é. — eu ri fraco.

— Senhor Sutton, não torne a ligar esse som. E senhorita Watson, dê um jeito nesses balões, eles quase tampam você por completo.

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A noite, contamos para os meus pais. E eles não ficaram nada surpresos. Disseram que já desconfiavam que tínhamos algo, e que esperavam que fôssemos felizes. Meu pai disse que confiava em Arthur, e minha mãe chorou ao ver que tinha como genro alguém que ela tanto gostava. Basicamente eu quase fui trocada.

Arthur não queria uma reunião com a família dele, disse que contava sozinho e que não tinha problemas com isso. Mas no fundo, eu sabia que algo estava errado, e anotei mentalmente que precisava perguntar depois.

A parte dos pais é a mais temida por quase todo casal, mas a que eu temia de verdade estava por vir, em uma chamada de vídeo direto da Alemanha.

— Ah, como é bom te ver de novo! — Gabriel disse assim que atendeu a chamada.

Eu sorri, ele continua lindo.

— É bom ver você também!

— Tá bom, mas diz logo o que queria contar porque eu estou me corroendo de curiosidade.