Os Olhos de Coruja. Era assim que chamavam a doença que assolava e dominava a população da cidade portuária de Além do Prata que fazia margem com o rio da Prata. Devido às consequências do ataque da doença - peito misteriosamente perfurado e olhos sem cor além de um cinza sombrio e de energia negativa para quem o olhasse, muitos diziam que isso significava que o assassinado perdera sua alma antes de ser levado ao plano astral - as pessoas começaram a manter-se nas suas casas, trancafiados para evitar a morte quando o sol dava lugar para a lua.
De dia, as pessoas podiam sair. Trabalhavam, bebiam, lotavam bares, mercados, lojas.
Mas quando eram dezessete horas e o sol decidia se pôr, o sino da catedral da cidade batia sem parar, avisando que estava na hora de cessar tudo que estava fazendo e se trancafiar na sua casa, deixando a cidade morta é totalmente sem sons de passos, conversas e atividades pela noite inteira. As dezoito horas, era possível ouvir o som das corujas nos telhados das casas e nas árvores. Às cinco horas era a vez das aves assassinas sumirem os habitantes começarem suas rotinas.
O único olhar da coruja podia matar. Era letal tê-la te perseguindo. Não sabiam como ela fazia isso, mas podia perfurar e matar o homem ou mulher que as irritava. De onde vinha esse instinto assassino? Não sabiam.
Mas graças ao último assassinato, iam descobrir.
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Os Olhos de Coruja
Short StoryUma cidade tem uma série de assassinatos por uma doença trazida diretamente das corujas. Mas há algo por trás desses mortos que será descoberto. Algo incomum para nós, da cidade cética. Mas está na hora dos habitantes descobrirem a verdade!