VI - Morte da Morte

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Ainda meio tonto
Saí a pouco do caixão
E sobrevoei a metrópole
E a meia noite em ponto
Cheguei aqui na necrópole
No portão estava o guardião
Do submundo, do porão
Olhou nos olhos do patrão
Viu um espectro horrendo
Eu o fitei e toquei sua cor
Sorri e ele saiu correndo
Ao contrário daquela gótica
Que o encontro aqui marcou
Ela quer aventura erótica
Acha que eu sou um impostor
Vou na jugular cravar as presas
Abrir as comportas da represa
E fazer jorrar gozo e terror
Já senti cheiro de flor
E sangue oxigenado
Hoje é minha noite de sorte
Lá vem a beldade que me invocou
Veio do jeito que me falou
Ela veio vestida do morte
Agora dá licença, meu anjo mau
Chegou a hora do jantar
E o banquete bate à porta
Se amanhã eu não te contar
Vê na manchete do jornal
A morte encontrou a morte


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