Ainda meio tonto
Saí a pouco do caixão
E sobrevoei a metrópole
E a meia noite em ponto
Cheguei aqui na necrópole
No portão estava o guardião
Do submundo, do porão
Olhou nos olhos do patrão
Viu um espectro horrendo
Eu o fitei e toquei sua cor
Sorri e ele saiu correndo
Ao contrário daquela gótica
Que o encontro aqui marcou
Ela quer aventura erótica
Acha que eu sou um impostor
Vou na jugular cravar as presas
Abrir as comportas da represa
E fazer jorrar gozo e terror
Já senti cheiro de flor
E sangue oxigenado
Hoje é minha noite de sorte
Lá vem a beldade que me invocou
Veio do jeito que me falou
Ela veio vestida do morte
Agora dá licença, meu anjo mau
Chegou a hora do jantar
E o banquete bate à porta
Se amanhã eu não te contar
Vê na manchete do jornal
A morte encontrou a morte
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Versus Vampiro
PoésieBusco tua alma na escuridão Sinto o cheiro do sangue fresco Sou capaz de ouvir teu coração Bater com medo do inevitável Desse desejo incontrolável De se entregar ao meu domínio Já que pelas trevas tens fascínio Faço-te um convite irrecusável Vem dei...