Aquilo que se obtém com violência só se pode conservar pela violência.
-Mahatma Gandhi
Eu olhava pela janela do meu quarto, meu cabelo estava terminando de ser arrumado em um penteado bem elaborado.
-Prontinho querida. – a Sombria as minhas costas me olhou e sorriu de forma amigável. Se quiser se olhar no espelho.
Segurei a saia do vestido enorme e me posicionei a frente do espelho enorme que fora colocado em meu quarto.
O vestido era de um vermelho intenso, o busto era todo bordado com partes transparentes que destacavam minha pele linda, fiz a exigência de que ele tivesse mangas, e uma gola um pouco alta. Meus cabelos estavam meio presos e cachos bem modelados caiam até meu ombro, sobre minha cabeça havia uma coroa, exigência de Hardy e seu maldito conselho.
Eu estava linda, mas nada disso era o que eu queria, Ada disso foi com meu consentimento, ou planejado por mim, nada disso era a realização do meu sonho de encontrar um homem que me ama-se pelo que eu era, pela garota frágil e sensível, ou pelo orgulho que eu tinha em defender os que eu amo. Eu estava sendo obrigada a casar com um sanguessuga que nem sequer ligava para mim.
-Obrigado. – sorri para ela. – ficou lindo.
-Olha. – ela tocou meu ombro. – sei que esta sendo difícil, e bom esta se casando com nosso rei, mas tenha calma querida as coisas podem melhorar, não somos todos os monstros que parecemos. – ela sorriu e saiu do quarto.
Encarei-me no espelho mais uma vez, eram minhas ultimas horas como mulher livre, como Alana Branzatto.
-Querida esta na hora. – meu pai entrou no quarto.
Ele parecia cansado e descontente com algo.
-Certo. – murmurei e segurei meu vestido para facilitar meu andar o caminho todo.
Descemos as escadas e fomos para a porta de entrada, ao pé da varanda um carro enorme e luxuoso nos esperava, meu pai acionou o sensor e a porta se abriu, entrei devagar evitando arruinar qualquer coisa que a gentil sombria fez por horas, me arrumei no banco e dei lugar para meu pai.
Laurel fora na frente com suas amigas, Agnes entrou depois de meu pai e se sentou. Eu sabia que o casamento dos Sombrios era diferente dos nossos, mas não o quanto, pedi permissão para levar minha melhor amiga já que o casamento era fechado para humanos não envolvidos no governo.
Agnes usava um vestido azul turquesa lindo que eu lhe dera, e os cabelos chocolates estavam soltos, ela me olhou e sorriu reconfortante. Logo o carro deu partida e saímos de casa, da minha casa, minhas coisas estavam sendo embaladas nesse instante, pois eram as ordens, assim que nós saímos-se o essencial devia ser empacotado, roupas, livros, e outras coisas pessoais, mas nada além disso.
Olhei a cidade passar e logo tomamos a estrada até o castelo, o meu novo lar, ou como eu chamava minha mais nova prisão pessoal.
Assim que passamos pelo portão minhas mãos começaram a suar, as limpei no banco do carro pouco me importante se era caro ou não esse estofado, o carro parou em frente a escadaria de entrada e Agnes assobiou olhando a construção.
-Peça para que eu possa visita-lá. – ela me olhou e sorriu.
-Certo. – sorri de leve, a ideia de Agnes poder me ver era reconfortante, o problema era pedir isso a Hardy.
-Vamos meninas. – meu pai abriu a porta e saiu, sua mão voltou a minha visão e eu a segurei usando de apoio para sair do carro, assim que me coloquei de pé, Agnes e uma sombria que estava na porta se apressaram em arrumar meu vestido.
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Prometida A Um Vampiro (Em Pausa)
VampireDepois da grande guerra e do acordo de paz, surge uma civilização onde os Humanos, Sombrios e Licans vivem pacificamente, isso aos olhos dos outros, mas não aos olhos de Alana Branzatto. Para ela tudo não passa de uma farsa onde os humanos são manip...