Podes ganhar a paz ou comprá-la; ganhá-la-ás, resistindo ao mal; comprá-la-ás, aceitando o compromisso com o mal.- John Ruskin
Eu olhava a paisagem distraída, os campos estavam florindo nessa época do ano, e era lindo! Sem dizer algo que me distraia do que eu chamava de destino fatídico. Estamos na era sombria como eu chamava, ou como os outros chamavam era Miscigena, onde existem licans os filhos da lua, e os sombrios, os filhos das trevas, e nós os humanos.
Aprendemos a conviver em harmonia, se é que escravidão pode ser chamada de harmonia, bom ao completarmos dezoito anos, somos obrigados a fazer uma gentil doação a cada seis meses ao banco de sangue, para assim manter a "harmonia", os licans por outro lado são mais fáceis de lidar, eles apenas querem viver em silencio em suas tribos. Mais nós sofremos constantemente com a presença dos sombrios por aqui, na cidade que agora é deles.
Eu achava que era verdade o sol, alho, cruzes e estacas, mais não é, era tudo mito da antiga Hollywood, e sem ter como vencê-los chegamos a isso.
-Alana. – ouvi minha mãe chamar.
Levantei-me da grama apressada e limpei meu jeans para tirar qualquer sujeira, eu era filha de um dos ministros de distritos, então tinha que estar constantemente apresentável, mais dispensava os vestidos e toda a pompa que minha mãe adorava.
Entrei em casa e fui para a sala onde era o lugar preferido de minha mãe.
-Sim- respondi entrando na sala e parei.
Ela estava acompanhada, e era de um banqueiro de sangue.
-O que... o que ele faz aqui? – parei no portal e recuei um passo.
-Querida onde estão seus modos. – minha mãe disse doce porem me olhou duro. – o Sr. Patrick veio para levar você ao banco, hoje é seus aniversario e seu pai esta ocupado para levá-la pessoalmente e pediu ao nosso querido convidado aqui.
Sr. Patrick sorriu e eu vi os dentes brancos reluzirem, seus olhos negro focaram sobre mim, minha espinha se arrepiou. Eu evitava ao máximo os sombrios, eles me davam mal estar, na faculdade felizmente nosso ensino era separado do deles, e eu evitava ir ao centro da cidade e acabar esbarrando com algum deles. As mulheres eram frias e arrogantes e os homens nos olhavam com desejo puro e nojento o que piorava meu mal estar.
-Vamos Srta Branzatto. – ele fez uma mesura para a porta. Quem em pleno século vinte e quatro fazia uma mesura?
-Vou... vou apenas trocar de roupa se puder aguardar um instante Sr. Patrick. – me virei sem esperar sua resposta e subi as escadas correndo, abri a porta de meu quarto que era a primeira a pós a escadaria e entrei batendo ela e me escorando na mesma, minha respiração pesada pela rapidez com que subi.
Me afastei devagar e fui ate meu guarda roupa, parei a frente dele me olhando no espelho que havia na porta, meus cabelos presos no coque bagunçado estavam pior que o habitual, meu rosto vermelho e os olhos arregalados me fizeram suspirar. Parabéns Alana, feliz dezoito anos, aqui esta seu presente. Pensei amarga.
Abri a porta de correr e puxei uma das gavetas, escolhendo uma blusa mais fechada, com meia manga e gola alta, vesti outro jeans mais escuro e soltei meus cabelos para cobrir meu pescoço o que com certeza me deixaria mais confortável próxima a um "deles".
Respirei fundo mais uma vez e desci as escadas de novo. O Sr Patrick me olhou impaciente e se levantou, indo até a porta.
-Sra. Branzatto trarei sua filha de volta em algumas horas pode ficar tranquila. – ele sorriu para ela.
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Prometida A Um Vampiro (Em Pausa)
VampirosDepois da grande guerra e do acordo de paz, surge uma civilização onde os Humanos, Sombrios e Licans vivem pacificamente, isso aos olhos dos outros, mas não aos olhos de Alana Branzatto. Para ela tudo não passa de uma farsa onde os humanos são manip...