Prometida A Um Vampiro (Em Pausa)

Capítulo 2

  É loucura para o carneiro promover uma conferência de paz com o lobo.- Thomas Fuller  

-PORQUE DIABOS VOU ME CASAR COM ALEC HARDY? – gritei assim que passei pela porta de casa.

-Pare de gritar. – minha mãe me olha fria.

-Parar de gritar? Isso é coisa sua não é mamãe? – eu disse com amargura. – por quê? Meu deus, tenho só dezoito anos e não tenho interesse em me casar com um Vampiro.

-Não me interessa o que tem ou não interesse Alana, você vai se casar com Alec Hardy nem que eu te arraste até o maldito altar. – ela diz seca me olhando friamente.

-Se quer tanto um vampiro na família case-se a Senhora com ele. – cuspi as palavras.

-Olha como fala garota. – ela ergueu a mão para me bater.

-Já chega Laurel. – meu pai segurou sua mão. – deixe Alana em paz, ela já esta frustrada de mais.

-Vocês são as piores pessoas, vendem a própria filha por mérito com um sanguessuga parasita. – brandi e subi as escadas correndo segurando o maldito vestido para não cair e rolar escada abaixo, minha vista embaçada devido às lagrimas.

Bati a porta do quarto quando entrei e me joguei na cama, meus soluços logo tomaram o quarto e eu gritei de encontro ao travesseiro.

-Lana, por favor, me deixe entrar. – ouvi a voz de meu pai, e leves batidas na porta.

-Vá embora. – gritei.

-Por favor, querida. – ele disse frustrado.

-Não. Vá paparicar seu Rei vampiro. – solucei outra vez.

-Querida, fui obrigado a fazer isso, e não estou feliz com isso. – ele suspira.

Me levantei num pulo e abri a porta.

-E PORQUE NÃO IMPEDIU, NÃO DISSE NÃO, SOU SUA FILHA. – berrei e voltei a chorar.

-Minha pequena. – ele me abraçou e escorregou comigo para o chão, sua mão fazendo carinho em meus cabelos. – fui obrigado, ninguém diz não ao conselho de vampiros, nem mesmo o Rei. Desculpe-me querida, por te colocar nisso, me sinto tão impotente em te perder assim. – ele suspirou a voz falha e cansada.

Ficamos assim por um tempo.

-Precisa ir dormir meu bem, amanhã você tem aula na faculdade. – ele afagou meu cabelo.

-Certo. – murmurei; minha voz rouca de tanto chorar.

Ele me ajudou a levantar e beijou minha testa.

-Até amanhã minha pequena. – seus olhos encontraram os meus e eu vi que como eu ele também estava mal.

-Boa noite papai. – suspirei e fechei a porta assim que ele saiu.

Retirei meu vestido de qualquer jeito, e o chutei para longe, fui para o banheiro e liguei a banheira dessa vez. A deixei enchendo e tirei minha langerie, me olhei no espelho e eu era uma confusão de borrões no rosto, meus olhos se encheram de lagrimas mais uma vez.

Tudo que eu sempre quis foi liberdade, poder fazer minhas próprias escolhas, seguir meu caminho, e hoje eu vi tudo isso ser tirado de mim.

Entrei na banheira e me afundei toda nela, mantive os olhos aberto sob a água e logo vi ela ficar manchada pela maquiagem, formando um quadro perfeito de como estava minha vida agora.