O Pequeno Principe

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Zitao virou-se para mim, havia medo em seus olhos.
Até por que, sempre que alguém fala "precisamos conversar", dá merda.
Alguma merda sempre acontece quando essas duas palavras são ditas.
Eu sei muito bem, por que isso acontece comigo sempre.

Eu não sei por que eu ainda fico esperando que a pessoa vá dizer "eu vou te dar uma coxinha com recheio de brigadeiro", mas isso não acontece. Nunca.
É sempre uma merda, uma atrás da outra.

Zitao olhava de mim para KyungSoo, o ninfa estava um tanto confuso.
Como eu já disse anteriormente, KyungSoo e eu temos um passado juntos, acho que eu deve ter um passado com o Olimpo todo, e fora dele também, rçrç...

— Channie... Amigo... — Começou Zitao, como se eu fosse um leão prestes a devora-lo.

— Relaxa idiota! Eu não vou te comer. A não ser que você queira...

— Ainda bem... Pera, o que?

— Essa é a ninfa gostosa que você tava na moita no outro dia? — Perguntei mudando de assunto e apontando para KyungSoo que continuava no mesmo lugar.

— Bem...

— Não precisa se explicar. Mas temos que sair daqui agora.

— O que houve? Quem morreu?

— Somos imortais seu imbecil!

— Mas eu não!

— Problema seu! — Que idiota. — Por um acaso você morreu? Não! Então ninguém morreu!

— Ui! Ta com TPM amiga?

— Vai tomar no cú Zitao!

— Eu iria, mas você me interrompeu.

— Hmm, passiva, uh?

— Meu pau!

— Olha a boca viado!

— O único viado que eu tô vendo aqui é você!

Peguei no colarinho da camisa do Zitao e o arrastei para fora do bosque.

— Olha aqui filhote de Bambi, se você sequer tentar discutir comigo de novo eu vou arrancar fora isso que você chama de pau e dar de petisco pro Cérbero comer. E só pra deixar claro, o seu papaizinho me interrompeu no meio de um negócio muito importante por culpa sua. Por que você veio pro bosque, quando deveria estar estudando, agora você tem uma caralhada de pergaminhos pra responder até o pôr-do-sol de amanhã ou nós dois vamos estar bem fodidos. E tenha certeza de que se eu me foder com o chefe, você vai comigo e vai sofrer.

Depois da ameaça feita, soltei a camisa dele, indo em direção a porta dos fundos e entrando em casa. Zitao veio logo atrás de mim.
Ele dirigiu-se até a sala e pegou os pergaminhos indo para seu quarto.

— Ai de você que sequer pense em dormir antes de me entregar esses pergaminhos todos respondidos! — Falei enquanto ele subia as escadas.

O resto da madrugada e do dia seguinte passou em silêncio.
De tempos em tempos eu ia ao quarto do Zitao conferir se estava tudo indo como no cronograma.
Por volta das três da tarde ele desceu as escadas, parecia um zumbi, com os pergaminhos na mão. Largou tudo em cima do balcão e caiu no sofá, dormindo logo em seguida.

Peguei tudo e coloquei na mochila, levando para a casa de Cupido.
Assim que adentrei a casa dele, não, eu não bato na porta, eu já chego chagando, foda-se se ele estiver fodendo, tô nem ai!

Ele estava na sala, conversando com Psiquê.
E por conversar eu quero dizer, ela berrando e ele sentado fingindo que tava ouvindo.
E ainda dizem que o casamento é uma maravilha.

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