Mamma mia!

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— ... É que eu acho que meio que talvez, numa possibilidade remota, com um número de probabilidade baixíssimo, numa porcentagem muito abaixo do zero, só talvez, com uma chance extremamente grande de eu estar errado, e eu espero em Zeus que sim, talvez, mas só talvez, eu tenha me apaixonado.

Zitao olhava pra mim com a boca tão aberta que poderia passar um trem de carga ali.

— Tá zuando com a minha cara né Chanyeol? — Falou ele ainda surpreso.

— Não Zitao. Dessa vez é sério. Eu conversei com a Afrodite e ela disse que é totalmente possível, na verdade eu nem tinha percebido até que ela me falasse.

— Trou-xa! Se fudeu otário! — Falou Zitao caindo na gargalhada.

Revirei os olhos. Eu aqui tentando falar algo sério com esse idiota e ele fica aí fazendo piada da minha cara.

— Quanto mais você rir da minha cara pior vai ser pra você.

— O que suas burrices interferem na minha vida? — Falou ele ainda tentando controlar o riso.

— Interferem no seu primeiro teste de campo. Na colocação de suas asas. Sua elevação a cupido júnior e muitas outras coisas. — O sorriso de Tao desapareceu instantaneamente.

— Desculpe eu... — Ele começou mas eu interrompi.

— Vem. Deixa isso pra lá. Vamos só... Terminar de assistir aqui e pronto.

Zitao sentou-se ao meu lado e assistimos o restante dos episódios.
Algumas horas mais tarde, terminamos a temporada, Zitao chorou e então fomos para o campo de treino de voo.
O primeiro treino de voo do Zitao.
Não é nada complicado. Eu coloco um par de asas móvel e então ele começa a voar pelo campo a fim de testar sua velocidade, e mais um monte de merda lá.
Resumindo, ele tem que voar de um lado pro outro até que eu decida que ele estava voando bem o suficiente para receber suas próprias asas e uma garantia de que não vai perder o equilíbrio e tals.

Passaríamos algumas horas no campo, Zitao que estava todo feliz, dizendo que ia ser o fodão, que ele já havia dominado a arte de voo, tomou no cú bonitinho quando percebeu que a coisa não era tão fácil quanto eu faço parecer.
Ou seja, ele tomou várias quedas e eu rachei de rir.

Até que Cupido chegou e eu tive que parar de rir e tentar auxiliar o Tao.
Cupido ficou lá até o fim do treino, ficamos até bem depois do pôr do sol.
Depois eu decidi levar o Zitao para um passeiozinho pelo Olimpo.
Haviam alguns deuses dormindo, outros bebendo ou comendo e outras tendo uma festinha mais privada em suas casas, se é que vocês me entendem ~le carinha de demônio roxo~

Zitao, ficou todo extasiado com tudo o que via, como se fosse a melhor coisa do mundo ir no Olimpo, grandes merdas.
Ele acha esse lugar legal agora, quero ver quando ele vier passar uma temporada aqui e tiver que ser um quase escravo dos deuses, que tinha a intenção de ensinar, mas sempre exploram os aprendizes.

Tentei ao máximo distrair minha mente, esquecer um pouco o fato de que eu me apaixonei por Baekhyun. Estava me focando totalmente no treinamento de Zitao.

— Acho que você deveria me deixar um pouco de lado e ir visitar o Baekhyun. — Falou Zitao enquanto estávamos comendo.

— Não.

— Vai ficar fazendo cú doce agora é? Seja homem e vá até ele!

— Temos que focar no seu treinamento.

— Chanyeol, você está a dias sem trabalhar em algo que não se refira a mim, acho que você ainda tem uma tarefa na Coreia do Sul, enquanto o Jongin não volta.

— Eu só quero saber em que porra de caralhos Jongin se meteu, aquele arrombado filho da puta!

— Chanyeol, você precisa voltar as ruas. Não pode ficar aqui trancafiado o dia todo comigo. Além do mais, eu tenho aqueles testes pra terminar.

Zitao subiu as escadas indo pro seu quarto e eu fiquei mais um pouco na cozinha.
Pensei um pouco no que Tao disse.
Eu realmente estou a muito tempo sem ir na Coreia. E também tenho ignorado muito o Baek.
Decidi por fim ir pra Coreia e se encontrasse o Baek falaria com ele, se não, ficaria por isso mesmo.

Vagando pelas ruas de Seul, dei de cara logo com quem? Zeus? Não. Perséfone? Não. Cupido? Não. Hades? Menos ainda. Eu dei de cara logo com Baekhyun. E ele estava sozinho.

Desci, sentindo meus pés tocarem o chão, eu tô meio depressivo, então vou falar assim mesmo, Baek estava a alguns metros de distância de mim.
Cortei a magia e surgi ainda um pouco longe dele, pra que ele não se assustasse.
Quando notou a minha presença, caminhando lentamente em sua direção, Baek veio até mim e me abraçou forte.

— Você sumiu. — Falou ele afastando-se um pouco. — Eu fiquei preocupado...

— Desculpe, eu estava meio ocupado com umas coisas.

— Tá tudo bem. –Baekhyun se afastou de mim.

Ficamos naquele silêncio constrangedor por um tempo. Eu não sabia o que dizer e Baek também não.

— Como anda o Zitao? — Perguntou ele tentando quebrar o silêncio.

— Estava ajudando o Zitao com algumas coisas do treinamento dele e tals. Ele está terminando algumas atividades e eu vim dar uma volta na cidade, sabe, flechar algumas pessoas por ai.

— Aham... O Sehun saiu pra uma viagem de negócios ou algo assim e eu estou sozinho esses dias.

Revirei os olhos, mas saber que o Sehun não está por aqui é algo bom.

— Channie... Sobre aquele dia no meu apartamento... — Começou Baek.

— Tô de boas. Não precisa se preocupar com nada.

— Mas eu não. Eu queria te beijar aquele dia. E ainda quero... Talvez até mais...

Baekhyun começou a se aproximar de mim. Eu sabia o que viria a seguir. Já era de se esperar. Era obvio o que viria a acontecer agora.
Baekhyun levou uma de suas mãos até meu pescoço, seus lábios cada vez mais próximos do meus.
Até que finalmente se encontraram. Uma pequena corrente elétrica percorreu meu corpo. Levei minhas mãos até a cintura de Baekhyun e colei nossos corpos ainda mais.

Quase sem perceber, eu ativei minha magia de invisibilidade novamente e abri minhas asas começando a subir no ar agarrado a Baekhyun.
Baekhyun assustou-se um pouco no momento em que comecei a subir com ele em meus braços.

Fui até o apartamento de Baek e pousei no chão quando parei na sala, separando nossos lábios.
Ele ficou um pouco surpreso, sem saber como havíamos chegado ali.

— Chanyeol... — Ele sussurrou, ainda abraçado a mim.

— Estou aqui...

— Eu quero você... — Ele disse um pouco baixo. — Eu quero você... De verdade... De todas as formas possíveis.

— Você terá... É só dizer...

— Quero você dentro de mim...

Me surpreendi com as palavras utilizadas por Baek. Olhei para o rosto do menor que tinha um sorriso safado no rosto.

— Baek, que tipo de merda você andou usando?

— Nenhuma... Eu apenas quero você... Agora... Por favor...

— Mamma mia!! — Baek riu.

— Por favor Channie... — Ele falou quase implorando, com uma voz que mais parecia um gemido.

— Esse não é o tipo de pedido que se negue.

Falei e então selei nossos lábios, puxando Baek e o pegando no colo. 

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