Era uma vez

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Quando me disseram qual poderia ser o meu destino por toda a eternidade, eu aceitei por três motivos: primeiro, eu seria imortal; segundo, eu não tinha nada à perder com isso; e terceiro, eu faria as pessoas se apaixonarem, o que poderia ser beeem divertido.

Sim, eu sei o que você deve tá pensando, "Ah ele deve ser um cupido, isso é tãããão fofo!". Mas não, não é fofo, e sim eu sou um cupido e me chamo Chanyeol.

Só pra acabar com os estereótipos de que cupidos são bebês fofinhos e travessos usando fraldas, eu vou quero deixar bem claro de que: 1º: eu não sou um bebê; 2º: eu não uso fraldas; 3º: EU NÃO SOU UM BEBÊ! E 4º: meu superior vive dizendo que eu sou um pouco travesso, mas isso vocês tem de ver com ele, por que ao meus olhos eu sou um anjinho! Com asas e tudo! A diferença é que ao invés de uma auréola eu só tenho um arco e uma aljava cheia de flechas.

A minha história remota a muitos séculos atrás, tantos que já nem me lembro. O que eu lembro é que a minha mãe morreu durante o meu nascimento, meu pai morreu na guerra, e eu continuei sendo escravo por um bom tempo.

A parte boa de ser um escravo, era que o meu senhor era um cara bom e não costumava me prender, tipo pra eu não fugir.
Eu já havia pensado várias vezes em fugir, e nem foi por falta de oportunidades que eu não fui embora, a questão, é que se eu fugisse eu não teria pra onde ir, não conseguiria um lugar pra trabalhar, ou dormir ou algo pra comer e acabaria tendo de me vender como escravo e ter um senhor que me maltratasse e me deixasse passar fome ou qualquer coisa horrível assim.

A esposa do meu senhor estava sempre grávida, aquele mulher parecia fazer bebês por segundo.
E as vezes ela queria comer alguma fruta que só podia ser encontrada numa área muito pouco frequentada da mata, e que eu era um dos poucos que conhecia o suficiente para entrar e sair de lá inteiro.

Meu senhor pediu que fosse buscar a dita fruta e lá fui, como sempre.
Quando estava chegando na árvore onde a fruta se encontrava, um homem de cabelos cacheados e levemente dourados surgiu a minha frente.

Eu literalmente gritei, tipo uma garotinha assustada.

— Calma ai!. — Ele falou.

— Q-quem é você?

— Sou Cupido.

Que diabos de nome era "Cupido"?
Eu lembro que eu pensei que aquele era o nome mais ridículo que eu já vira e que teria rido muito se não estivesse tremendo igual vara verde de tanto medo.

— O que quer aqui?

— Eu andei te observando por alguns dias, e cheguei a conclusão de que você é o rapaz perfeito paro o trabalho que estou disposto a lhe oferecer.

— E que trabalho seria esse? — Só faltava ele querer me fazer de prostituta, era o que meu senhor dizia que iriam fazer comigo se eu fugisse.

— Você iria ocupar o meu lugar como cupido.

— O que exatamente um cupido faz? — Lembro de ter ficado um pouco confuso, pois o cara tinha dito que o nome dele era Cupido e pedira para eu assumir o lugar dele como um cupido.

— Se você vier comigo e poderei te explicar tudo.

Eu não sei por que, mas algo me dizia que eu poderia confiar nele, ele parecia ser tão inofensivo.

— O que eu ganho com isso?

— Deixaria de ser escravo. Poderá ser muito rico. Ter sua própria mansão! Terá servos à sua disposição e tudo o que mais desejar!

Isso parece uma tremenda burrice nos dias de hoje, mas naquela época eu acreditava que milagres poderiam acontecer do nada, e eu acreditei em tudo que o Cupido disse. Era uma oferta tão tentadora. Parecia que eu só tinha a ganhar.

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