Apollo era provavelmente o bilionário mais obscuro de Los Angeles, e eu sabia que ele não gostava de usar sua influência para fazer as coisas. Mesmo assim, ele tinha feito isso por mim quando Jane foi sequestrada, e quando soube que Howard e Kimberly iriam a julgamento, ele fez novamente.
E, portanto, ele quis jogar golfe com algumas pessoas importantes. Não havia muito o que se fazer, mas Apollo conseguiu que a data fosse mudada para que todos estivéssemos mais confiantes e preparados.
Então, agora, estávamos no meio de setembro, e eu estava sentada na fileira atrás do promotor com Apollo de um lado e Jane do outro. Eu estava segurando a mão dele com uma mão, seus dedos se entrelaçavam aos meus, e Jane estava agarrada à minha outra. O namorado dela, Michael, estava do outro lado dela, com o braço em volta dos seus ombros. Jane era uma das pessoas mais fortes que eu conhecia, mas ela precisava do nosso apoio durante esta coisa toda.
Os médicos do hospital estavam certos quando disseram que Jane estava bem.
Fisicamente, pelo menos.
Ela tentou fingir que o que aconteceu não a tinha afetado tanto, mas após o primeiro dia de julgamento, eu a encontrei em seu quarto, chorando. Quando vi minha irmã mais velha quebrar, eu me sentei ao lado dela e a obriguei a me contar tudo. Prometi que daria tudo de mim no julgamento, e que não deixaria que a cadela da Kimberly e o louco do Howard pegassem uma pena leve.
No dia seguinte, depois que dei minha versão ao júri, agradecida por Apollo estar perto de mim para me amparar quando eu saí voltei ao meu lugar, Jane foi chamada para testemunhar.
Mas nem toda a preparação que eu tive foi bastante para me fazer ouvir suas palavras sem chorar.
Kimberly e Howard tinham mantido a Jane isolada, trancada em um veículo grande fechado, mas não tinham batido nela ou qualquer coisa assim. O que eles fizeram, no entanto, foi dizer-lhe todas as coisas que planejavam fazer com ela, ou o que eles queriam fazer comigo quando colocassem suas mãos em cima de mim.
As fantasias do Howard eram sexuais, focadas em como os dois ficariam juntos para sempre, e como ela cuidaria dele para sempre. Ele não a forçou, mas dormiu ao lado dela todas as noites durante seu cativeiro.
Já os motivos da Kimberly eram, aparentemente por inveja e vingança. Inveja pelo fato de que Jane tinha vindo para Los Angeles e tinha se dado muito bem enquanto Kimberly sentia que tinha trabalhado duas vezes mais para perseguir seus próprios sonhos, mas nunca tinha alcançado o êxito da Jane.
Em seguida, ela descobriu as inclinações sexuais da Jane, e isso tinha sido a última gota para ela. Na mente de Kimberly, Jane não merecia ter o que tinha, e muito menos por ser uma maníaca depravada. Quando Jane me trouxe para ser a sua gerente de negócios, Kimberly não suportou mais e quis fazer de tudo para ferir a minha irmã. E se inclinou para o lado psicológico das coisas.
Ela queria, a todo custo, arruiná-la. Destruir o seu negócio. Expor seus segredos. Colocar sua reputação na ruína.
Howard aceitou isso de bom grado. Ele pensou que sem o seu negócio e sem sua vida aqui, Jane reconheceria seu erro em deixá-lo e nunca mais o abandonaria.
Me sequestrar tinha sido ideia da Kimberly, pois esse seria caminho para controlarem Jane. Quando ela percebeu o quanto Jane se importava comigo, ela disse ao Howard que eu era o caminho certo. Ele não iria ameaçar a Jane jamais, mas não teria escrúpulos para usar a força física em mim para conseguir que Jane fizesse o que ele queria.
Jane não sabia que eles não tinham conseguido me pegar, não até perto do final, quando Howard deixou escapar. Ela disse que essa foi a pior parte de tudo, pensar que eles estavam me machucando.
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Minha Submissa
ChickLitDuologia A submissa Aos 21 anos de idade, Jessica Hunter se muda para ter um emprego como gerente de negócios da sua irmã, mas ela não tinha ideia do choque cultural que estava por vir. Quando o bilionário Apollo Hendrix se aproxima, ela sente-se l...