Catarina e Frederico se conheceram quando a jovem enfermeira entrou na mansão dos Sartorelli para cuidar do patriarca da família. Ela se encantou com a aura misteriosa do herdeiro, Frederico Sartorelli e ele pela beleza e timidez da jovem.
O que...
A maldita doença continuava se agravando e com isso, o clima na mansão ficava cada dia mais azedo e explosivo. Todos nós estávamos à flor da pele com o eminente risco de morte do meu pai.
Era um fim de tarde quando encontrei Isadora sendo grosseira e indelicada com Catarina. "Será possível que eu não consigo ter um minuto de paz?".
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— Você não sabe fazer nada direito, garota? Se você não fosse o casinho do meu enteado, eu já teria a colocado pra correr da minha casa.
— Eu não fiz nada de errado, senhora Sartorelli. O médico do senhor Amadeu me orientou e eu estou cumprindo ordens dele! — Cat tenta explicar.
— Peça desculpa a Catarina agora mesmo – Intervenho. Isadora fica pálida ao perceber que escutei as ofensas dirigidas a minha namorada.
— Frederico, essa enfermeira não me respeita. Ela muda os horários das medicações sem me avisar. Ela faz o que quer nesta casa! Passa por cima da minha autoridade. – Isadora vem se aconchegar em mim como se esperasse minha defesa.
— Eu? — pergunta minha garota ultrajada — Eu tenho aguentado por meses a forma hostil como você me trata. E eu poderia ter pedido a Fred para intervir, mas eu sei que ele está passando por uma situação difícil e acho que é nossa obrigação preservá-lo. – minha namorada fala visivelmente chateada. Catarina não é do tipo que faz escândalo à toa.
— Catarina é uma profissional responsável. Além disso, a profissional de saúde aqui é ela e não você. Catarina não precisa de sua autorização para fazer o que é melhor para o paciente.
— Eu sou a dona desta casa, a esposa de Amadeu e a sua namorada me deve respeito e obediência.
— E ela lhe faltou ao respeito mudando a medicação do meu pai? Garantindo um pouco mais de qualidade de vida pra ele? – jogo o lado racional da situação pra cima ela.
— Eu não vou discutir assuntos do meu marido na frente de uma pessoa que não é da família. – Isadora é taxativa.
— Eu já estou indo embora. Não estou me sentindo muito bem. – afirma Catarina abalada.
— Espere no meu quarto, eu vou te deixar em casa assim que terminar aqui.
Assim que Catarina se afasta Isadora despeja:
— Me desculpe se eu perdi a cabeça, mas essa garota é muito insolente e dissimulada. Você precisa ver a forma como ela me trata quando você não está por perto.
— Ela diz o mesmo a seu respeito Isadora.
— Cínica!
— Eu não vou admitir que você fale assim de Catarina. Ela é muito profissional, muito dedicada e também é a minha namorada, você gostando ou não.
