The new Avatar - A Lenda de Hiro

Livro 1: Vida - Capítulo 1

Narrado por Hiro

Dez anos depois

—Acorda Hiro, está na hora de levantar – Minha mãe diz e sai do quarto. Sento-me naquela cama, se é que posso chamar de cama, por que isso não chega nem perto de uma cama, é só uma esteira forrada no chão coberta por um lençol. Levanto-me e vou tomar um banho gelado pra despertar. Assim feito, me visto com a roupa dos nômades do ar, aquela roupa que o avatar Aang costumava usar, essa roupa é horrível. - Essa roupa é feia, por que eu não posso usar a roupa dos guerreiros do ar? Ah esquece Hiro, não adianta nada ficar reclamando sozinho. - Me olho no pequeno espelho que tem no meu quarto, a roupa serviu direitinho no meu corpo de garoto de 13 anos. Abaixo dos meus olhos verdes está a prova do meu cansaço de ter que acordar cedo e ter treinamento do ar ou ter que ir a alguma excursão para que eu sinta a natureza, as olheiras. Ajeito o meu cabelo castanho, típico do reino da terra, em um topete meio desengonçado – Ah esquece, vamos ao treino do dia.

Saio do meu quarto, me sento com todos os outros nômades e os meus pais para tomar café da manha.

—Bom dia Hiro, pronto para mais um dia de treinamento? - Pergunta Rohan. Minha vontade é de responder que não estou.

—Bom dia mestre Rohan, estou pronto sim. - me levanto, dou um beijo em meus pais e vou para o meu treino com Rohan.

—Hoje meditaremos – Diz ele já se sentando na forma de lótus. "Ah cara, meditar? Eu odeio meditar, qual é, eu sou um dobrador de terra, eu não medito". Sem opção me sento na forma de lótus e fecho meus olhos iguais ao mestre Rohan – Se concentre Hiro, esvazie a sua mente e relaxe. Tente não pensar em nada – Ele fala tranquilamente e delicadamente – E, relaxe.

Esvazio a minha mente relaxando. Quando abro os olhos, vejo que estou em um lugar diferente de onde eu estava, assustado me levanto rápido. Olho ao redor ficando maravilhado com o lugar, vejo umas flores lindas, toco em uma e ela se transforma em uma borboleta-mariposa.

—Uau – Ela voa ao meu redor. Noto espíritos voando por todo o canto – Esse é o mundo espiritual? É bem diferente de como é dito nos livros que li – Olho admirado para todo canto. Ando sem ver para onde vou, acabo pisando em uma espécie de toupeira espiritual.

—Cuidado seu idiota, não olha por onde anda não? - disse o espírito estressadinho.

—Ahn desculpa, senhor espi... - ele não deixa eu terminar

—Acha que só por que é o avatar pode sair pisando na casa dos outros? Garoto petulante, é igual aos outros avatares, só muda a roupa – Ele me irrita

—Ah cala a boca seu espírito idiota – Quando falo isso, vários espíritos iguais a ele aparecem e começam a reclamar no meu ouvido – CALEM A BOCA – Nisso que grito, os espíritos começam a fazer sei la o que na terra, tipo um redemoinho de terra, e sou sugado por ele. Caio em algum lugar. - Q-que lugar é esse? - Na minha frente esta uma espécie de piscina com alguns espíritos se banhando ou bebendo a água– Que lugar estranho, parece com um dos meus sonhos.

—É claro que parece, você já esteve aqui, fedido hahahahaha – Me assusto com um espírito que apareceu do nada.

—Quem é você? E do que você me chamou? - Pergunto um pouco emburrado por ele ter me chamado de fedido. Eu não sou fedido, eu sou muito cheiroso até.

—Ah, humanos. Cabeças de bagre hahahahaha não lembra de mim? Sou seu velho amigo, Wan!!

—Você não é estranho, sinto que te conheço, mas não sei de onde. E eu não sou esse Wan, meu nome é hiro ... quem é esse Wan?

—Quem é Wan? Hahahaha Foi simplesmente o primeiro Avatar – Ele diz me fazendo ficar surpreso, não só por ele conhecer o primeiro avatar, mas sim por saber que um espírito pode viver mais de mil anos, quero dizer, muito mais que isso.

—Tá falando sério? Porque eu já pesquisei em vários livros sobre os outros avatares e eu não encontrei quase nada, só os últimos avatares.

—É claro que estou falando sério, fedido. Nós fomos grandes amigos. Ele foi o primeiro humano a entrar no meu oásis no mundo dos humanos, eu só permitia a entrada de espíritos.

—O que é esse oásis? - Pergunto interessado no assunto.

—Era uma piscina com águas espirituais, e envolta dela havia árvores com frutas deliciosas. Ah bons tempos hahahahaha Mas o que você faz aqui no meu novo território, fedido?

—Para de me chamar de fedido, eu não sou fedido, sou muito cheiroso, e eu não sei como cheguei aqui eu só vim. - Disse um pouco estressado por ele ficar me chamando de fedido.

—Hum, então acho melhor você voltar, por que se não você nunca vai me deixar em paz – Diz o espírito orelhudo cruzando os braços.

—O que? Você está me expulsando?

—Estou hahahahaha você é tão engraçado fedido, agora vá, e não esqueça de me visitar mais – Diz o orelhudo sorrindo. Eu não sei se ele está rindo para mim ou de mim, isso me irrita.

—Er, como saio daqui? - Pergunto meio perdido.

—Do mesmo jeito que entrou hahahaha continua um humano burro hahahahaha – Ta confirmado, ele tá rindo de mim.

Fecho os meus olhos e me concentro, esvazio a minha mente. Assim que os abro de volta, dou uma respirada profunda, olho ao redor e noto que voltei para o templo do ar em cidade republica. Mas já está de noite, na minha frente esta Teki, meu lobo-alce e Cho, meu guaxinim me olhando. Cho quando vê que sai da meditação, pula no meu colo e teki para do meu lado lambendo o meu rosto. Depois desse ataque de carinho deles, vamos para dentro comer algo. Dou comida a eles e como uma fruta indo para o meu quarto descansar. Viro para um lado e para o outro sem conseguir dormir pensando no que vi no mundo espiritual. Alguém abre a porta do meu quarto mas não entra e não acende a luz.

—Hiro, está acordado? - Reconheço a voz, é do mestre Rohan.

—Mestre! estou sim, entra – Falo me sentando, o mestre entra e ascende a luz. Noto que o Teki está deitado mas de olhos abertos olhando o que está acontecendo. Já o Cho, esta dormindo todo esparramado na minha cama. - Está tudo bem?

—Eu ia lhe fazer essa pergunta, eu sai da minha meditação, mas você não. Continuou meditando o dia todo, fiquei preocupado imaginando onde você estaria. Ai quando fui no banheiro por alguns minutos, assim que voltei você já não estava mais la, então fui a sua procura. Diga-me, você estava no mundo espiritual não estava?

—Sim – Então conto para ele tudo o que vi e passei. Falo do espírito que conheceu o avatar wan e que ficou rindo da minha cara. Mas admito, eu gostei daquele espírito.

O mestre Rohan sai do quarto me deixando a sós com meus pensamentos e meus companheiros animais. Estava sonhando com um cara que dobrava os quatro elementos, ele atacava Cidade República como se fosse o Avatar, mas seus olhos estavam brilhando em uma tonalidade vermelha. Eu via os meus pais, os meus mestres, os guerreiros do ar e a polícia de Cidade República, todos atacando o suposto avatar, eu só ficava parado olhando tudo. Via nos olhos dos cidadães de Cidade República pavor, medo, angustia, terror. Acordo todo soado, respirando profundamente e com medo. Medo de isso ser verdade. Teki e Cho me olhavam preocupados.

—Ta tudo bem meninos, tá tudo bem.