Se queimar uma, nada nascerá no lugar!

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POV Hanna.

Chegando no cemitério mal pude colocar os pés para fora do carro e já fui cercada por repórteres, urubus que não sabem o que é privacidade nem mesmo quando sua vida está desabando. Odeio todos eles!

E então vi minha tia, uma megera filha da puta que só se importa com o que a sociedade pensa dela, com o status social e com quanto dinheiro ela tem disponível para gastar com coisas fúteis.

-Minha sobrinha!
Ela vem me abraçar no meio dos repórteres com suas lágrimas de vaca fingida o que só me irrita mais ainda.

-Ah pelo amor de Deus,  minha mãe morreu Samantha, que tal parar com o seu teatro e ir pra a puta que pariu contando que seja longe da merda desse cemitério?

Digo irritada e ela continua com a porra do show.

-Ela era minha irmã Hanna! Tenha mais respeito comigo, sou sua tia!

Ela grita entre lágrimas e eu bufo.

-Ela não era sua irmã quando decidiu esconder da mídia que eu ainda estava viva, quando ela te pediu ajuda e você virou as costas para ela porque isso não te traria benefícios ela não existia para você. Então cale a porra da sua boca antes de chamar ela de irmã de novo ouviu?-Eu grito. -Você é só mais uma dessas porras superficiais que só se importam com a imagem. Se casou e a única coisa que amou nesse casamento foi o dinheiro do seu marido, seu filho foi criado por babás enquanto você se exibia por aí sendo a imprestável cabeça de vento que você é! A porra de uma mulher troféu! Obrigada mas não preciso de um lixo como você no enterro da minha mãe, ela sim era uma mulher maravilhosa, não merece isso.-Aponto para ela- como irmã imagine em seu enterro!

Ela abre a boca para falar alguma coisa mas a deixo para trás falando sozinha e entro no cemitério, a empresa foi proibida de participar, e fiz questão e deixar claro com o meu showzinho que aquela megera também não é.

passo todo o velório do lado do caixão, minha mãe estava ali, exposta para todos que não conseguiam crer que ela realmente morreu ver seu corpo pálido sem vida e finalmente cair na real, eles deveriam agradecer a Deus por não ter sido eles a segurar o corpo dela enquanto o brilho em seus olhos saíam de onde sempre deveriam estar e o corpo dela esfriava e perdia a cor. Eu estava lá e não consigo tirar isso da cabeça,  não  consigo parar de repassar a cena e me perguntar onde foi que eu errei.

Vejo a cerimônia acabar e as pessoas entrarem para recepção ou seja lá que merda é  aquela, eu não saio do meu lugar enquanto não vejo o caixão da minha mãe ser completamente enterrado e então fui atrás do meu pai avisar que quero ir embora.

-Não podemos sair assim, tem um monte de pessoas querendo falar com você.
Ele sussurra no meu ouvido e eu reviro os olhos.

-Minha mãe morreu e eu não estou nem um pouco afim de perder meu tempo aqui pagando de recepcionista.

Ele bufa e concorda me levando para o lado de fora e encaramos os repórteres de novo.

-Hanna por favor!Só uma declaração!
Algumas pessoas gritavam colocando microfones na minha frente. Dei um sorriso e me virei para um das câmeras.

-Uma declaração? Muito bem, como é começo isso? Ah sim, sabe, a Hidra é famosa pelo seu lema de "corta uma cabeça e nascem duas", mas se eu me lembro bem, se você usar fogo, nenhuma nascerá no lugar da que se foi, então, adorável  Hidra, rezem para que no inferno não tenha fogo, porque eu irei trazer o inferno à terra e acabarei com cada um de vocês.

Digo e volto a andar para o carro, entro e vejo meu pai logo em seguida com uma cara nada boa .

-Que merda foi essa Hanna?
Ele pergunta.

-Nada, apenas dei a eles o que eles queriam.

Apenas Uma StarkOnde histórias criam vida. Descubra agora