Na Porta de Casa Não!

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Olha que coisa engraçada, já deixei logo no título do capítulo a moral da história.

Bom, na época um vizinho meu que tinha me feito de trouxa há um tempo atrás tinha terminado com a namorada e tava no meu pé querendo alguma coisa comigo e lógico que eu não dei moral (quem ele pensa que é?).

E num domingo ele me chamou pra conversar. Ficamos um bom tempo conversando na frente da minha casa e ele enchendo o saco falando pra mim namorar com ele.

O portão da minha casa é grande e na parte de cima são grades que dá para visualizar quem está do lado de fora.

E toda hora meu pai abria a porta para ver com quem eu estava conversando e eu tinha pedido meu vizinho pra ficar do outro lado do portão no muro que aí não dava pra ver ele, se não meu pai ia surtar (meu pai é da roça e sempre disse que não existia amizade entre homem e mulher. Coitado se souber que tenho mais amigos homem que tudo, infantaria).

Conversa vai, conversa vem e ele falou que tava indo embora já que eu não queria dar uma chance a ele, mas que não ia desistir de mim. Aí (parte romântica agora, SÓ QUE NÃO) ele chegou perto de mim pra me beijar colocando a "cara no sol" e me deu um selinho longo.

Logo em seguida só escutei a porta bater com tudo e falei pra ele ir embora. Comecei a tremer igual vara verde e rir de nervoso. Fiquei um minuto respirando e finalmente tomei coragem e entrei.

Só vi minha mãe sentada no sofá me olhando de cara feia e meu pai do lado da porta com o cinto na mão (sim, um cinto de couro legítimo, nada sintético porque meu pai é "chique").

Meu pai com os olhos vermelhos e pulando pra fora. Aí eu senti vontade de rir diante toda a situação.

Ele foi logo falando:
- É ....... (minha mãe) eu vi ....... (euzinha) beijando um moleque lá fora.

Minha mãe: - Você beijou ....... (a maravilhosa aqui)?

Eu: - Não. - E minha mente quase falando: foi ele que me beijou. E ainda sorri sem querer e meus pais quase me degolando ali.

Meu pai: - Beijou sim que eu vi, não sou doido. Eu vi. - E por dentro eu só segurando o riso. E meu pai é muittooo doido.

Minha mãe: - Tem certeza que não beijou?.
Eu: - Claro. - Cruzei os braços e meu pai balançando o cinto. Aí ele sentou do lado da minha mãe e falou: - Você só vai namorar se o homem trabalhar e estudar e for direito.

Ou seja, meu pai já estava praticamente deixando claro que esse meu "pretendente" nao servia, o que não era uma mentira.

Olhei para os meus pais mais uma vez sendo fuzilada pelo olhar dos mesmos e andei em direção ao meu quarto e rolei na cama de tanto rir (ri baixo claro).

Nunca mais ouse usar a porta de casa.

My MicosOnde histórias criam vida. Descubra agora