Prólogo

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Quando cheguei em casa foi estranho não ter os meus pais ali me esperando. Minha mãe contando de alguma viagem ou trabalho que estava fazendo, meu pai sentado por perto ao telefone. Eu nunca imaginaria que uma coisa assim iria acontecer comigo.
Joguei meus sapatos no chão, e deitei no sofá em posição fetal. Eu não conseguia mais chorar. Ficar mais de vinte e quatro horas em função do velório e enterro tinha sido cansativo física e emocionalmente. Sorte a minha ter um bom advogado e a assessora de papai para lidar com a imprensa. Nosso prédio estava tomado por jornalistas, e eu sabia que nos jornais a notícia da morte deles estaria passando em todos os canais.

Acordei horas depois. Já era noite, e um peso enorme estava em cima do meu peito. Olhei meu celular e vi as mensagens de Luisa dizendo que eu poderia ligar a qualquer hora e pedindo para que eu entrasse em contato assim que possível.

- Como você está? - sua voz era tranquila, me lembrava a de minha mãe. Quis chorar quando a ouvi.
- Bem... na medida do possível. - me esforcei para engolir o nó na garganta
- Querida eu sei que este é um momento muito difícil, e que você está praticamente sozinha, mas precisamos conversar sobre algumas coisas.
- Que coisas? - suspirei. Ainda nem fazia uma semana.
- Precisamos falar sobre a Amazing. Estou aguentando as pontas, como assessora de seu pai, mas não posso fazer isto por muito tempo.
- Ok. Você pode chamar o advogado do papai e aí vocês vem até aqui amanhã.
- Combinado. Edmund e eu vamos até aí amanhã mesmo.

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