• Quarto capítulo

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Não sabia se havia sido uma boa ideia ter aceito o convite de Thomas para dormir em sua casa

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Não sabia se havia sido uma boa ideia ter aceito o convite de Thomas para dormir em sua casa. Mas quando juntei suas expectativas, com a minha nula vontade de voltar para casa, o convite foi impossível de ser negado.

— Deixei suas coisas separadas na bancada — anunciou, afundando o colchão ao meu lado. — Se eu disser que tenho uma calcinha sua aqui você não vai acreditar. — Seus lábios se curvaram em um sorriso maroto.

Escondi meu rosto com as mãos, envergonhada.

— Sinto sua falta aqui — murmurou, se deitando ao meu lado.

Fechei os olhos, respirando fundo. Odiava não conseguir correspondê-lo, ele era o que todos diziam ser o homem perfeito para estar ao lado, mas não era o perfeito para mim.

— Vou tomar banho — gaguejei, ignorando suas últimas palavras. Saltei da cama, indo em passos largos em direção ao banheiro. Thomas acompanhou meus movimentos com o olhar, pude notar um sorrindo triste em seus lábios ao olhá-lo de relance.

A água quente que caia sobre mim trazia uma falsa sensação de relaxamento. Minha vida não poderia estar mais bagunçada, me martirizava por ter colocado Thomas novamente nela, já não bastava todos os problemas que se juntaram a mim nos últimos dias.

Enrolei a toalha em meu cabelo molhado e vesti as roupas que ele havia separado. Sorri ao me encarar no espelho e me ver vestida com sua camiseta favorita, aquela que sempre causou ciúmes quando alguém lhe pedia emprestada.

— Gostei da camiseta. — Fui supreendida por suas palavras assim que pus meu corpo para dentro do quarto. Seus olhos correram por todo meu corpo, demorando alguns segundos a mais em minha coxas descobertas. Tinha certeza que minhas bochechas foram contempladas com um tom rosado.

— Você está me deixando envergonhada — resmunguei, jogando meu corpo na enorme cama.

— Gosto quando suas bochechas ficam rosadas — argumentou, me puxando para que meu corpo se colasse ao seu.

— Não quero que você confunda as coisas
— confessei, quebrando o silêncio. Corri meus olhos pelo quarto, focando minha atenção nos inúmeros troféus expostos na prateleira, tudo para evitar olhar em seus olhos.

— Quem disse que eu estou confundido algo? — Assustei-me com seu tom ofendido. — Eu sei muito bem sua opinião quanto a nós. Nós, tá aí uma coisa que nunca vai existir segundo você — sua voz era carregada de sarcasmo.

— Acho que você estava mentindo quando disse mais cedo que deixou tudo o que aconteceu para trás — retruquei, terminando com todo nosso contato físico.  — Acho melhor eu ir para casa — anunciei, me levantando e indo até minha mochila que estava na cadeira.

Suas palavras me ofenderam, fizeram renascer coisas que há um bom tempo haviam sido enterradas.

— Desculpa, eu não queria falar daquele jeito com você. — Suas mãos tocaram meus braços, fazendo nós ficarmos frente a frente. — Me desculpa — insistiu, me aconchegando em seus braços.

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