Capítulo Quatro

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Ele imediatamente chamou a enfermeira e ela me puxou tão forte que suas unhas cravaram na minha pele,eu não tinha visto ainda aquela enfermeira,era nova.

- Se você tentar fazer isso de novo,da próxima vez será pior do que esse imundos arranhões.

Ela me jogou com um força ao meu quarto que eu caí no chão e ela ria da minha cara e fecha a porta.

Eu ainda apavorada com aquelas palavras,me deitei,eu estava com uma imensa vontade de tomar banho mas eu não poderia.

Só as funcionárias fazem isso,ela acham que os pacientes podem morrer afogados, não pelo descuido mas sim porque eles podem se matar. De propósito.

(...)

Me acordei com uma luz que vinha da porta, era a Ruiva .

- Entre.

Digo me levantando e passando as mãos aos meus olhos.

- Não vou demorar.

Eu noto que eu ainda havia os arranhões de ontem, da enfermeira, não foi pouco,havia mais do que quando eu fui dormi,algo que achei estranho.

- Ontem,quis ir ao jardim. Mas não deu certo.

Digo mostrando meus braços pra ela,que de apavora.

- Quem fez isso Sami?

- A enfermeira que me pegou na sala do segurança.

- Ela não pode fazer isso.

- Não mesmo.

- Que tal você fugir daqui?

Que? Nunca tinha pensando nisso,mesmo aqui me fazendo mal,eu gostava mais do que lá de casa.

- Não, não posso.

- Deixa de ser ingênua Sami.

- Eu vou pra onde?

- Para minha casa.

- Onde fica?

- Não é muito longe daqui. Se quiser eu te ajudo e te levo até lá.

- E se me pegarem? Aquela senhora mesmo falou que se acontece de novo será pior.

- Pior que uns arranhões? Ela deve tá até de brincadeira,e outra que eu não deixarei nada a acontecer.

Eu confio nela,mas isso é loucura .

- Não, eu não quero sair daqui.

- Você vão ficar aí? Sendo torturada ? Eu não vou deixar.

(...)

Aquelas palavras ficaram matutando minha mente,eu era torturada? Ou só eu que não via?

Eu vou fugir com ela,vou sim,ela é a única pessoa que converso e que me visita todos os dias,sinto que ela é algo meu. E eu sou dela.

Eu estou ansiosa para ela vir aqui,e eu contar a novidade.

(...)

- Você estava tentando fugir?

Eu sacudia a cabeça em forma negativa rapidamente.

A Hills descobriu,ou aquela enfermeira contou,que eu havia "tentado" fugir aquele dia pelo jardim.

- Mas olhe oque a enfermeira fez.

Mostro meus Braços com aqueles arranhões e ela fica confusa.

- Oque que ela fez?

Eu olho pro meus braços e as marcas já não estavam mais lá.

- Ontem mesmo,tinha vários arranhões feito com as unhas da enfermeira.

- Como era a enfermeira

Eu não fazia a mínima idéia. Eu não lembrava como ela era .

- Não lembro,mas eu nunca tinha visto ela aqui antes.

- Estranho, o segurança me disse que ele estava dormindo e você ficou parada na frente dele é do nada começou gritar Me solte, ele se acordou e levou você ao seu quarto.

Como assim? Eu havia inventando tudo aquilo? Sonhado? Mas como? E aqueles arranhões? De ontem? Meus braços estavam pingando sangue e do nada some tudo?

- Doutora Hills,eu não recebi meus remédios hoje.

Digo mudando completamente de conversa

- Outra,foi que você não havia tomado seus remédios dois dias seguidos e ainda havia escondido eles esmagados na sua fronha .

- Eu não lembro disso Doutora.

- Mas seus exames sim, por isso teve crises de convulsão,uma atrás de outra.

Ela saiu fechando a porta,e eu não ligava mais pra nada, só do que ela falou daquela noite,foi tudo diferente e ela finge acredite em mim.

(...)

Continua...

Memória PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora