Histórias do Resplendor

150 12 2
                                    


Apóstantos anos da Nova Ordem, muitas coisas haviam mudado.

Murtagh,depois de anos vivendo recluso, retornou ao Império. Inicialmentefoi cauteloso, pois ainda temia a liberdade. Foi até a Capital doImpério, Ilirea, e a Rainha que governava àquela época o recebeude bom grado. Era Níada, sucessora e filha adotiva de Nasuada, etendo o coração tão bondoso quanto o da mãe, aceitou-o e operdoou. Para o Império, isso não foi tão fácil, mas Murtagh jáhavia provado ser digno do perdão, e depois de tanto tempo ele eralembrado como herói nas histórias que eram contadas ao redor dasfogueiras. Tornou-se o Embaixador dos Cavaleiros, portanto era quemviajava de Wyrda para a Alagaësia levando os ovos de dragão etrazendo os novos Cavaleiros. Havia quem julgasse isso insano daparte de Eragon, confiar uma tarefa tão importante a alguém queoutrora fora traidor do Império, mas o Matador de Rei confiavaplenamente em seu meio-irmão.

Haviamos Mestres Cavaleiros, que eram 7, a contar com Eragon. Cada um eraresponsável por algo, Eragon se designava a tudo, mas os outros seisfocavam em algo específico. Sëvan, Luien e Vannruk eramresponsáveis por ensinar a lutar com a espada, arco e sem armas, osdois primeiros sendo elfos e o último um Urgal. A humana Ryia, oanão Rankur e a elfa Nerida ensinavam como controlar a magia. Eracontrastante, mas havia harmonia entre eles.

Haviamos Seis Veteranos, que designavam apenas papel simbólico. E haviamos Feiticeiros, um novo grupo formado em base do que Nasuada haviaproposto há tanto tempo. Os feiticeiros não eram Cavaleiros, masdominavam a magia e eram responsáveis por controlar os magos noImpério e em Wyrda, também eram sete, e eram conhecidos como osSete Magos, sendo três deles humanos, três elfos e um anão.

NaAlagaësia os planos de governo não haviam mudado muito. Um rei, ourainha, governava todo o Império, e em cada cidade havia umgovernante que agia por si só, mas respondia ao soberano.

Cadaraça vivia harmoniosamente com as outras, exceto talvez por algunsconflitos isolados, mas que eram facilmente resolvidos.

Osanões eram governados pelo anão Orik e se embrenhavam cada vez maispelas Montanhas Beor, e por todo Império haviam obras deles. Assimcomo os elfos, que embora ainda preferissem suas florestas ao norte,por vezes saiam para as cidades, e alguns até viviam por lá. Portoda a Alagaësia via-se obras de arquitetura tão perfeitas que sópoderiam ser designadas aos elfos. E na traiçoeira Espinha habitavamos Urgals e Kulls, agora pacíficos, embora não amigáveis.

Surdaainda era independente, e apesar de querer expandir para osterritórios da Alagaësia, mantinha uma relação aparentementesaudável e inofensiva com o Império.

Haviamfestividades constantes, tanto em Wyrda como na Alagaësia. As demais destaque eram a Celebração do Novo Império na Alagaësia e daNova Ordem em Wyrda, onde comemoravam por dias as conquistas tãosofridas, agradeciam pelos heróis e lembravam dos que morreram nacausa. Havia o Torneio das Raças, onde uma vez por ano humanos,elfos, anões e Urgals se reuniam para mostrar suas habilidades, comoum esporte. E também a Colheita, onde celebravam a chegada do Outonoe colhiam os frutos da terra com muitas festas e banquetes.

Masnenhuma festividade se comparava ao envio dos ovos de dragão para aAlagaësia. A cada cinco anos a festa acontecia por todo o Império,quando os ovos chegavam às terras dali, e festas isoladas aconteciamem cada cidade ou vilarejo que recebia os ovos para ver se eleseclodiam para algum morador do lugar.

Haviamtambém as festividades de cada povo, mantidas por sua tradição.

Ea Alagaësia ainda mantinha seus mistérios e perguntas semrespostas. Angela, a herbolária, por exemplo, nunca mais fora vista.Havia quem dissesse que tinha visto o menino-gato Solembum, semprequieto, misterioso e arisco, mas ninguém sabia ao certo.

Elva,a garota que recebera a benção – maldição – do Matador deEspectros havia servido como proteção à Nasuada por longos anos, equando atingiu a velhice prematura sumiu da vista de todos, assimcomo Angela. Mas em seu caso acredita-se que veio a falecer, pois jáse encontrava debilitada. Permaneceu sempre misteriosa, indiferente,orgulhosa e indecifrável.

Portodos esses anos nada foi ameaça à paz que reinava ali, masaconteceram rebeliões e guerras internas isoladas, facilmenterefreadas pelos Cavaleiros e Feiticeirose pelos soldados locais. Algumas organizações contra a novapolítica foram criadas, mas também extintas sem demora. Atentadoscontra os reis e rainhas foram frequentes no início e rarearam com opassar dos anos, reflexo das marcas que Galbatorix deixou em algumaspessoas.

DosRa'zac nunca mais se ouviu falar, embora os contadores de históriasmais empolgados afirmassem que já os tinham visto, e os mais ousadoscontavam até mesmo façanhas vivenciadas com os monstros.

Porum tempo, em Espectro que se denominava Nurken atormentou a vida dealdeões do norte, mas caiu pelas mãos de Arya. Nunca se soube quemo convocou.

Carvahall,a aldeia em que Eragon cresceu fora reconstruída por Roran e osoutros que viveram ali, e hoje era uma cidadela famosa no Império eimportante pelo comércio de alimentos. Roran havia construído sobreos escombros de sua antiga morada uma casa para sua família, e atéhoje a casa estava de pé e servia para os descendentes do MarteloForte e Katrina. Quem vivia ali agora era Simon, um dos tataranetosde Roran, com sua mulher Edith, descendente distante de Calitha, eseus filhos.

Otúmulo de diamante de Brom permanecera intacto, graças àvigilância que Nasuada impôs ao local desde seu reinado e quepermaneceu vigorando. Era um ponto até turístico, pois todosqueriam se aproximar daquela obra feita pelo primeiro dragão livredepois da Queda e ver onde jazia Brom, figura tão importante paraque tivessem alcançado êxito, e pai do Eragon Mestre da Ordem dosCavaleiros e Matador de Rei.

Umdos maiores desafios que Eragon encontrou na Nova Ordem foi o metalestelar: nutria esperanças de encontrá-lo na Ilha, mas viu-sedecepcionado. Com a ajuda dos anões e suas escavações, encontrouum novo tipo de metal, não tão resistente quanto o metal estelar,mas adequado aos Cavaleiros. Viu-se aí em outro problema: quemforjaria espadas tão boas para o uso dos novos Cavaleiros?Infelizmente, Rhunön era uma opção descartada, já que a elfajurara não mais trabalhar na forja de espadas. Depois de muitobuscando uma solução, encontrou em um dos cavaleiros a resposta. Oanão dizia conhecer um forjador quase tão bom quanto a velha elfa.Eragon mandou que fossem até a cidade anã de Dalgon, onde diziamque o anão morava. Depois de muito procurarem, encontraram o velhoanão, era Kirí, O Braço de Ferro. Não fora fácil convencer ovelho a se juntar aos Cavaleiros, mas o fizeram. A essa altura osprimeiros Cavaleiros já estavam completando seu treinamento e aptospara receberem sua própria espada.

AAlagaësia, assim como Wyrda, era cheia de histórias para contar,mitos e mistérios para desvendar.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Feb 16, 2017 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

WyrdaOnde histórias criam vida. Descubra agora