SIX

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YOONGI ON

    Mando os garotos irem na frente para certificarem-se de que Nafre está bem. Não consigo voar rápido porque Jheny está desacordada com as asas abertas em meu colo, e isso faz eu levar o dobro de tempo para chegar.
    Mas estou sozinho com ela. E eu posso levar anos, desde que ela esteja aqui.

– Eu sabia que você não ia morrer, você não morreria. -digo, sabendo que de algum lugar, ela pode estar me ouvindo. – Me perdoe por ter sumido, eu precisava proteger você e Nafre. Não há nada que importe mais para mim, do que a minha família. -faço uma pausa. – Não. Não há nada que importe mais para mim, do que você. -corrijo-me, deixando um beijo em sua testa.

    Eu costumo falar essas coisas para Jheny sempre que ela está desacordada. Por mais que ela valha mais do que a minha própria vida, ela me intimida. Eu não consigo ser tão sincero com ela me olhando nos olhos. Parece que as palavras não saem.
    Eu não consigo expressar o que eu sinto na frente dela. Qualquer palavra é pouco para dizer.

    Mas ela também tem esse problema. Ela costumava falar quando estávamos nos sonhos, porque ela provavelmente pensou que eu não saberia. Mas eu estava lá, com ela.

    Frente à frente nós nos xingamos, nos agredimos, brigamos, e mandamos um ao outro para a puta que pariu sempre que possível. Mas essa é a nossa maneira de se importar.
    A nossa maneira de dizer: "eu te amo", todos os dias. E eu acho que está perfeito assim. Temos o nosso próprio jeito de nos suportar, e é por isso que eu a amo.

    Por ela ser tão igual à mim, mas ao mesmo tempo, tão diferente.

———¥———

JHENY ON

    Acordo em um sobressalto. Foi meu primeiro desmaio sem transe, sem nada. Eu apenas ouvia o que ocorria lá fora, mas não conseguia acordar.
    Sento-me na cama e examino o ambiente. Meu quarto na cabana. Levanto-me em um pulo, sem saber se o que vivi foi real, ou um sonho difícil.

    Abro a porta e corro até as escadas, parando no primeiro degrau ao vê-lo no andar debaixo. Está sentado no sofá, muito sério, e conversando com os garotos e Nafre.
    Me seguro no corrimão para não cair, então desabo em lágrimas. Eu odeio chorar, mas a minha felicidade está arrumando uma maneira de sair de meu corpo, escorrendo pelos olhos.

    Ele ergue o olhar para mim, e sorri. O sorriso que me desarma há milênios. O sorriso mais lindo que eu já vi na minha vida inteira.

    Eu quero descer, mas sinto como se minhas pernas fossem fraquejar na metade do caminho

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    Eu quero descer, mas sinto como se minhas pernas fossem fraquejar na metade do caminho. Apenas cubro o rosto com as mãos, escorada no início do corrimão.

    Ouço seus passos se aproximando. Subindo as escadas lentamente. Na medida que sua respiração se torna audível, suas mãos tocam meus braços.
    Recuo um passo e estalo um tapa no lado esquerdo de seu rosto, fazendo-o virar para o lado oposto.

    Todos ficam boquiabertos, e YoonGi apenas passa a língua na parte interna da boca e faz uma careta.

– Isso doeu. -ele reclama, passando a mão no local avermelhado.

– Isso foi pelo susto. -digo entredentes. – E por ter me deixado nervosa e preocupada durante o mês inteiro.

– E agora? -ele pergunta, com as sobrancelhas cerradas e esperando mais algum golpe.

– Obrigada por ter voltado. -digo, puxando seu rosto e tomando seus lábios em um beijo.

    À medida que nossas línguas se entrelaçam, o desejo aumenta em meu corpo e, mesmo de olhos fechados, sinto estes ficarem completamente negros.
    Suas mãos escorregam pelo meu corpo, parecendo acordar um lado ainda mais pornográfico dentro de mim.

– VAMOS SAIR LOGO DAQUI! -ouço Hoseok gritar, e todos saem tropeçando para fora.

    Eu e YoonGi separamos o beijo para rir do ocorrido, e ele segura meu rosto entre as mãos, mirando meus olhos de forma calma e suave. É difícil vê-lo tão sereno, mas é lindo.
    É fascinante.

– Eu quero fazer direito. -ele diz, pegando em minha mão.

– Está me rejeitando? -finjo estar magoada, e ele ri.

– Vou ser bem sincero. Meu pau está doendo e implorando para sair e te foder... com força. -ele diz, e meu corpo se contrai em puro desejo. – Mas eu quero fazer uma coisa que vim planejando durante um tempo. Você gosta de flores?

    RÁ! Ele só pode estar brincando.

– Gosto. Mas não agora. -pego sua mão e o puxo para o quarto. – Agora eu vou fazer algo que venho planejando, e talvez você goste.

– Sexo baunilha? -pergunta, arqueando uma sobrancelha, e eu gargalho.

– Conseguimos fazer isso? -ironizo, e ele ri.

– Estou feliz que esteja aqui. -murmura.

– Deixe as palavras doces para depois, por favor, eu estou implorando. -choramingo, e ele me empurra para a cama, ficando por cima de mim.

    Sinto sua ereção contra minha barriga, e ele sorri largo, de forma maliciosa.

– Você me deixou duro. -ele rosna, me repreendendo. – Vai ter que dar o seu jeito nisto.

THE WRONG ANGEL » myg {3ª temporada}Onde histórias criam vida. Descubra agora