Um menino confuso

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Arabela.......

O dia amanheceu preguiçoso, estou com dor nas costas, mal dormi, o garoto teve febre a noite toda, como só tenho uma cama, dormi de mal jeito na cadeira.

Não estou reclamando, faria isso por qualquer um.

Arrumo a mesa do café , com pão caseiro um suco de fruta e como rápido.

Preparo tudo para fazer meus doces, não posso parar, esse dinheiro faz falta.

Cozinho as maças.

Ai esqueci a cesta lá.

Era minha única cesta, terei que voltar lá pra pegar.

Mais não posso o deixar sozinho nesse estado.

O que eu faço?

Mesmo pensando em um milhão de coisas não tem jeito, não posso comprar uma cesta nova, tenho que recupera-la.

Vou para perto da cama e verifico sua febre.

Está baixando, troco seu curativo e está melhor.

--Vou te deixar um pouquinho sozinho, mais eu volto está bem.

Digo baixinho, bem pertinho de seu ouvido..

Tomará que tenha me ouvido.

Abro a porta e olho pro céu, vou ser rápida.

Fecho a porta e passo o trinco pra não ter perigo.

Amarro a barra de meu vestido acima do joelhos para não tropeçar na minha corrida.

E sigo rumo a floresta, corro o mais rápido que posso.

Meu pulmões estão queimando quando chego no local onde a deixei.

Os corpos já não estão mais ali.

Já os levaram.

Corro os olhos em busca da minha cesta.

--Achei!

As maças estão espalhadas, mais não da tempo de pega-las.

Pego a cesta e volto por meu caminho, olhando para todos os lados, estou com uma sensação estranha...

Corro de volta pra casa.

Estou suando e ofegante, abro a porta devagar e o que eu vejo me deixa feliz.

O garoto está sentado na beira da cama, está com um olhar assustado.

Deixo a cesta no chão e vou pra perto dele, ele me olha sem entender.

Seus olhos são de um azul intenso, lindos.

--Oi, até que fim você acordou.

Ele me olha .

--Você está bem, está com fome?

Ele ainda não diz nada mais assenti.

--Vou preparar algo pra você.

Me levanto e vou preparar algo para comer.

Corto os legumes e faço uma bela sopa e ele continua quieto e me olhando.

--Como é o seu nome?

Ele me olha

--Eu não sei...

Largo a faca e me aproximo.

--Você não sabe seu nome?

--Eu não lembro.

Diz com a vozinha de choro.

--Shii, não chora, eu vou te ajudar está bem..

O abraço...

--Você é minha mamãe?

O olho assustada.

--Eu?

--Você é minha mamãe?

Pergunta de novo.

Ai Deus o que eu faço?

--Olha meu amor, eu não sou sua mãe , meu nome é Arabela.

--Mais eu posso te chamar de mamãe, você parece com uma mamãe...

E como é parecer como uma mamãe?

Não posso negar isso, ele è tão pequeno, já me apeguei a ele.

Sei que vou me arrepender, mais vou fazer.

--Pode meu amor, pode me chamar de mamãe...

Ele sorri e me abraça.

--Está com fome?

--Sim mamãe, muita.

Sorrio e sirvo a sopa, comemos.






Curtinho eu sei, não me matem....

Mais tem mais....

Beijos!

GustavOnde histórias criam vida. Descubra agora