Eu não escrevo poesia,
Eu escrevo devaneios.
Tudo em mim é reflexão infinita. Queda profunda.
Tão profunda que viajo na minha própria queda.
Tudo em mim padece do vírus que é a vida.
Estou quente e tudo me incomoda.
Mas que chatice...
A vida é uma cambada de soluços!
E eu odeio soluços...
As pessoas são pessoinhas e andam aí a pessoar.
Eu, sendo humano, deveria andar por aí a humanar.
Então, duvido do meu lugar na minha própria condição...
Porque tudo o que sei fazer, é pensar...
Mas, afinal... A própria condição do ser humano,
Não é pensar e questionar?
Cheguei à conclusão de que o ser humano sou eu,
E que humanar é pensar.
Os outros são só pessoas existindo e durando,
E andam aí a pessoar.
Carlos Reis
