Capítulo Désessete

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Acordei bem tarde este dia, por volta de 11:35 talvez. Acordei pensando em ligar para a vovó para saber como estão as coisa em Amsterdã. Em uma hora dessas lá deve ser 15:35 da tarde, então dá para ligar.

É preciso de um tipo de operadora especial que seja compatível aos aparelhos e linhas de transmissões usadas na Holanda para conseguir uma transmissão para as cidades, eu consegui uma para a casa da vovó em Amsterdã, não sei se em outras cidades é a mesma coisa.

O telefone toca, então uma voz suave fala ao outro lado da linha vindo lá dos países baixos. Holanda-Amsterdã.

- Vovó? - a chamo emocionada.

- Filha minha, a quanto tempo - logo reconhece a voz da sua garotinha.

- Vovó como está por aí?

- Aqui tudo bem filha. Mas me sinto tão cansada, tão esgotada. - diz com voz cansada.

- É impressionante como papai nem liga para as condições de seus pais. - despejo as palavras enfurecida.

- Não fale assim de seu pai filha. Eu sei que se sente enfraquecida com tanta cobrança de seu pai. Sei que você ver de um ângulo como se parecesse que tudo se volta para você,  mas tente ter calma, paciência filha. - impressionante como vovó tem palavras que me fazem tão bem.

- Tudo bem. Acalmei já. E o vovô como está e onde está?

- Seu avô está preparando um escritório novo o outro teve que ser retirado. Uma parte da empresa foi aumentada. Chegou umas peças de roupas novas e as outras empresas têxtil estão perdendo o valor enquanto a nossa só aumenta estamos trabalhando bastante. - falarei com o papai sobre isso.

- Vovô está muito sobrecarregado isso não é bom pra ele.

- O doutor Derek tem o acompanhado no trabalho, ele foi contratado recentemente.

- hmmm. Esse doutor eu conheço. - brinco, e rimos da situação. Quando eu era pequena amava ir para o hospital para admirar a beleza do queridíssimo doutor Derek.

- Vovó preciso tomar café. Tenho que desligar, um bom chá da tarde pra você porque aqui ainda é manhã.

- Tudo bem minha filha. Não esqueça da sua vózinha.

Desligo o telefone. Vou para o banheiro e faço toda minha higiene diária, então desço para tomar café. Henrique havia saído para algum lugar, mamãe já estava na empresa, parece que estavam tendo algum problema. Papai estava sentado na mesa da cozinha falando super irritado no celular.

Não falo nada apenas me sento corto meu pão, coloco meu café e como ainda o observando.

- Mas eu disse para você prestar atenção na concorrência Márcia. - Ele gritava com a moça do outro lado da linha.

Quando estava prestes a terminar minha refeição papai termina o que estava fazendo. Que bom achei que ia vomitar tudo depois.

- Bom dia filha - desliga seu celular.

- Bom dia pai. Problemas? - tento saber.

- Sim. Infelizmente. As rendas estão caindo. A grande "Zlaff têxtil" está morrendo.

- Só se for a dá qui. Porque a dá vovó está com o pique todo.

- Como assim? Tem falado com seus avós?

- Diferente do senhor, sim tenho falado com a vovó. Eles estão trabalhando duro pai será que não percebe!?

- Eles gostam disso filha, do trabalho, de trabalhar duro.

- Só se for no seu pensamento porque o vovô teve que contratar o doutor Derek por causa de problemas de saúde.

- O qué? O papai está doente?

- Nossa você não sabe nem sobre seu próprio pai.

- E você para de grosseria que ainda vamos conversar sobre ontem. - provavelmente a briga na balada. - Vou me informar mais sobre seu avô. Agora me de licença. - se despedi depositando um beijo em minha testa.

Passei a tarde jogada no sofá assistindo filmes de terror e quando Henrique chegou ele me acompanhou na maratona de filmes de terror. Foi algo nostálgico relembrar de quando éramos crianças, quando eu tinha 6 anos e ele 11.

- Você realmente está com medo Ammy? - Henrique ria da minha casa.

- Ah - eu apenas gritava e cobria meu rosto com o lençol, me desdobrando inteira no chão.

- Para de gritar. - Ele ria - o cara só arrancou a perna da moça.

- Ele matou ela - jogo um travesseiro em seu rosto. - Olha de novo, ele vai matar a outra - digo apontando para o filme que passava na TV do quarto dos nossos pais.

- Só acho que alguém vai ter que arrumar toda essa bagunça depois. - mamãe surge na porta.

- Só acho que essa pessoa é o Henrique porque eu já tô de saída. - pego meu travesseiro e saio correndo do quarto de nossos pais.

- Só acho que alguém vai perder a cabeça de todas as barbies. - Henrique grita

- Ah Henrique você vai voltar tudo de quando éramos crianças - choramingo.

- Está com medo maninha. Qual é você já tem 17 anos. - debochou.

- E você tem 22 e não para com as palhaçada de sempre me fazer medo em toda maratona de filmes de terror. É nossa marca mano.

- E a minha marca é te fazer medo maninha - rimos.

Nem vimos o horário passar, papai já estava próximo de chegar mamãe já havia chegado. Escuto um barulho na porta, papai provavelmente, sim era ele. Papai havía marcado de agente conversar eles dois haviam ido em direção ao meu quarto. Então fui atrás.

- Ammy já sabemos de tudo. - papai metralha as palavras assim que entro no quarto.

- Espera, de tudo o que? - finjo que não sei. É claramente a briga na boate.

- Sobre a briga na boate. - diz mamãe. Vou para o pufe sentar, os dois estavam na minha cama.

- Ammy deixamos você ir para a boate, poderia ter nos contado. Sem falar que a culpa disso tudo foi sua. - papai estava uma metralhadora humana.

- O cara queria me prensar por trás e Set me ajudou, ele só perdeu a linha ao fazer isso.

- Você só errou em não nós contar. - diz mamãe

- Vocês não entendem.

- Ammy chega. Já chega. Da próxima vez você tem que contar para nós. - papai diz irritado e sai do quarto.

- Filha preciso falar com você sobre algo. - mamãe fixa para conversarmos.

- O que eu fiz?

- O que você não fez. Filha você precisa ir fazer seus exames médicos. - os malditos exames, as lágrimas já queriam queimar.

- Marque um dia mamãe. - falo sem pensar.

- Daqui cinco dias?

- Tudo bem pra mim. - estava parecendo um robô.

- Ok então. - se despede com um beijo e sai.

O que eu estava sentindo, exatamente, naquele momento? Eu realmente não sei. Apenas queria ser eu mesma e não ter medo, não queria ter medo de ter medo, ou ter medo de mim mesma. Isso é confuso e irritante. Já queria estar ouvindo Maria Gadú pelos próximos mil anos.

Louca PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora