Capítulo 05: Um bom passeio

49 3 4
                                    

Mikhail se levanta e se afasta do corpo daquela louca bizarra. Ele tenta abrir a porta da frente com a chave que estava com a criatura, mas a fechadura era totalmente diferente da chave. Então ele procurou por outra porta além da principal e aquela por onde passou, mas não encontra nada. Mikhail volta até o altar onde ele viu a criatura antes dela atacar, só poderia ter vindo dali. Ele procura por entre os detalhes daquela igreja, mas como toda igreja de época tantas linhas e entalhes dificultavam. A igreja era muito escura, então usou algumas velas acesas nas paredes para acender as velas do altar. Uma peça ganhou destaque sobre todas as outras, ela brilhava como se estivesse nova, ao contrário de todo resto. Mikhail então com seu canivete coloca por entre os espaços da peça e da parede até que ela cai revelando uma fechadura. Finalmente encontrou um lugar para a chave. Ele encaixa a chave, a vira e lentamente abre a passagem, mas bem devagar - se tem uma coisa que essa cidade ensinou é a ter cuidado - e a passagem se revelou ser uma escadaria, provavelmente levaria as catacumbas da igreja. Sem poder voltar o jeito era descer. Mikhail pega um dos candelabros que acendeu e com pouca luz e pouca coragem, desceu. Ao chegar no final da escada viu que assim como no túnel por onde passou aquele lugar também estava alagado, mas ao contrário de lá, a água ali cobria somente seus pés. O lugar era um verdadeiro labirinto, havia muitos caminhos e não havia como saber qual o levaria para fora ou mais para dentro. Havia corpos mumificados e ossos espalhados pelas paredes, a final, era uma catacumba. Haviam vozes que ecoavam pelos túneis.

(Mikhail) - Não é bom encontrar com essa galera aqui.

Mikhail, sem nenhum senso de direção continua vagando pelos túneis até que pisou em falso e acionou uma armadilha, o chão se abriu e se revelou um poço com vergalhões ao fundo. Mikhail cai e um dos vergalhões que atravessa seu abdômen quatro dedos abaixo das costelas. Mikhail grita de dor e tenta se levantar, mas a cada tentativa a dor só agonizava mais. Sabendo que se ficasse ali morreria lentamente, Mikhail se segura nos vergalhões ao seu lado e se puxa para cima de uma vez tentando ignorar toda a dor.

(Mikhail) - Droga, Droga, mais que cara... Aaaah

Mikhail rasga um pedaço de sua calça e tenta estancar o sangue sem sucesso. Então ele olha para o pedaço de vergalhão quebrado no chão e o candelabro que havia caído junto... Não tinha outra escolha...

(Mikhail) - Sempre vi isso nos filmes, é, vai ser divertido *falou com tom irônico*

Mikhail esquenta o pedaço de vergalhão nas chamas das velas, respira fundo e encosta no ferimento na parte da frente para cauterizar e estancar a hemorragia.

(Mikhail) - Aaaaaaah, mas que... Porra... Droga, isso não foi nada legal.

Ele estava quase desmaiando de dor, mas tentava se manter acordado, ainda tinha que fechar o ferimento nas costas, ele aquece o ferro mais uma vez.

(Mikhail) - Na segunda vez melhora...

Mikhail se prepara, morde o pedaço de pano que rasgou de sua calça, respira fundo mais uma vez e cauteriza o ferimento na parte das costas. O som de sua dor ecoou por toda aquela catacumba. Mikhail senta e tenta tomar fôlego para não desmaiar - desmaiar não seria uma má ideia - mas tendo que seguir em frente ele se levanta e com muita dor sobe uma escada de corda que havia em uma das paredes do poço, a final tinha que ter um jeito de tirar os corpos que caiam ali. Com muita dificuldade Mikhail sobe e continua em frente até ver uma luz fraca - talvez ali fosse sua saída - ele se arrasta pelas paredes para não cair até que chega na fonte da luz. Era uma sala com várias estantes, livros, pergaminhos e documentos. No centro da sala havia uma mesa com uma vela acesa, a fonte de luz que ele tinha visto antes. E junto a mesa e a vela um livro aberto. Mikhail se dirige até a mesa e senta na cadeira, aproveitando o descanso decide dar uma olhada no livro. Era como um registro da cidade. Como um diário na verdade.

(15 de março)
Página 34

Algumas pessoas morreram, não aguentaram a exposição ao *macha na página*, mas algumas sobreviveram, são imunes. Prendemos algumas delas nas celas das catacumbas atrás da biblioteca.

Página 68

Forasteiros entraram na cidade, matamos um na praça pública, mas o outro ainda está a solta. Não podemos deixar que vague por aí...

(Mikhail) - Pessoas presas?! Aghata.

Mikhail se levanta com dificuldade e continua o caminho contrário a porta por onde entrou, logo chegou aos túneis das catacumbas de novo. Então escuta gemidos, ele vê uma luz mas a frente e apaga as velas. Se aproximando devagar viu as celas. Eram como quartos acolchoados que se via em hospitais psiquiátricos - aquele lugar não era da mesma época das catacumbas lógico - Mikhail olha de janela em janela que havia nas portas a procura de sua irmã até que...

(Mikhail) - ...Aghata?!

Ela estava cabisbaixa, mas isso mudou assim que viu Mikhail. Ela se levantou rapidamente e correu para a porta.

(Aghata) - Eu sabia que me acharia. Eu sempre... Não... Não... Precisa sair daqui Mikhail, rápido.

(Mikhail) - Enlouqueceu? Não vou te deixar!

De repente Mikhail escuta pessoas se aproximando, ele teria que pensar rápido, fugir e tentar salvá-la outra hora, ou tentar libertá-la?

************************************

Galera, essa escolha fica na mão de vocês, leitores, essa escolha terá uma consequência drástica no final. Pensem bem, me contem a escolha de vocês por aqui nos comentários ou pelo meu Facebook.

*música tema do capítulo*

A Morte Da LuzOnde histórias criam vida. Descubra agora