A Morte Da Luz

Capítulo 07: Reunião de Família

Mikhail acorda e a primeira coisa que vê ao abrir os olhos é a grade que divide os bancos da frente dos de trás de uma viatura. Uma policial estava dirigindo em quanto falava no rádio.

(Policial) - Estou com o Suspeito aqui, vou levá-lo de volta a delegacia e pegar o depoimento dele.

Mikhail ainda estava meio perdido, desnorteado e tentava entender o que estava acontecendo.

(Mikhail) - Quem é você? E... E... Para onde estamos indo?

(Policial) - Sou a parceira do Michael, o policial que te trouxe, ele desapareceu desde o dia que te trouxe nessa cidade. Você foi a última pessoa que o viu, preciso do seu depoimento.

Mikhail imediatamente lembrou dele, quando o viu pela última vez ele estava sendo esticado na praça e seus órgãos caindo no chão.

(Mikhail) - Posso saber o seu nome?

(Policial) - ... Carla

(Mikhail) - Carla, não posso sair daqui, encontrei minha irmã e o povo desse lugar é louco, são assassinos, psicopatas, não vou deixá-la aqui.

(Carla) - Olha, meu amigo sumiu, o último a ver foi você e ninguém sabe sobre sua irmã. Você vai comigo.

Mikhail então começa a tentar achar uma forma de escapar, mas percebeu que suas mãos estavam algemadas. Não havia muito o que fazer, só esperar. Faltando pouco para sair da floresta da serraria e ir para estrada principal, ao passar por um cruzamento, um caminhão carregado de madeira bate na lateral de raspão e faz a viatura perder o controle e acertar uma árvore de frente. Mikhail apaga por alguns segundos e logo que acorda vê o caminhão parando, Carla ainda estava meio tonta. O caminhão para e de repente, da cabine, desce um homem com um machado de lenhador, seu corpo era coberto de pregos, estacas e facas - alguém tentou enfrentar aquela coisa, mas se a coisa estava ali e aquele alguem não já sabemos quem venceu - seu rosto era irreconhecível, pois havia vários cortes e cicatrizes e assim como a mulher na igreja, seu corpo tinha membros duplicados, havia 3 braços bons e dois braços mal formados nas costas. Aquela coisa vinha na direção do carro, Mikhail com as mãos presas se desespera, olha ao redor e aproveita a janela quebrada para sair do carro. Ele se joga e ao cair no chão tenta se levantar rápido pra fugir, mas a coisa o alcança antes que ele se levantasse. O machado desce sobre a cabeça de Mikhail e sangue jorra, mas não de Mikhail, o machado passa a alguns centímetros de seu ombro e acerta o chão, o sangue veio da criatura que levou um tiro na cabeça e caiu. Carla havia saído da viatura e fez o disparo.

(Carla) - Que coisa é essa?

(Mikhail) - Eu tentei te dizer.

(Carla) - Você disse que era assassinos, não essa coisa bizarra!

(Mikhail) - Tira essas algemas de mim, rápido!

(Carla) - Não posso, você ainda é suspeito e...

(Mikhail) - Não fode! "Qualé", você não está vendo essa coisa no chão?

De repente a coisa se levanta novamente e pega seu machado do chão. Carla atira mais vezes e a criatura continua indo na direção deles. Eles correm pela floresta esbarrando em árvores e tropeçando em galhos caídos, a escuridão dificultava a fuga até que acharam uma cabana. Mikhail entra primeiro e Carla entra logo em seguida fechando a porta e a bloqueando com uma estante. Mais moradores começaram a aparecer e cercaram a casa, eles batiam nas paredes e nas portas, as janelas estavam bloqueadas com taboas, mas era questão de tempo até tirá-las e entrar. Carla da tiros pelo espaço entre as taboas da janela, sangue se espalhava nas árvores próximas e nos rostos daquelas pessoas, não se importam muito quando um deles morriam.

(Mikhail) - Tira essas algemas!

Carla tira as algemas e fica olhando para todos os lados da casa, não queria ser surpreendida. A primeira janela na sala quebra, os moradores arrancaram as taboas e começaram a entrar. Carla atira, as balas perfuravam o corpo, mas parecia que não sentiam dor, demoravam a morrer e as balas estavam se esgotando rápido. Mikhail pega seu canivete sem muita esperança, mas ele vê um facão cravado na cabeça de uma pessoa morta ali na sala da cabana - talvez o antigo dono - sem tempo para pensar naquilo ele pega o facão e crava na cabeça de um velho que estava entrando pela janela, ele empurra o corpo dele com um chute para desprender o facão, o velho cai no chão e sangue se espalha pelo piso de madeira envelhecido. Mais uma janela quebra e mais deles entram, a casa estava ficando cheia de corpos e cheia daquelas pessoas. Mikhail desfere um golpe no peito de outro que descia até a barriga. O coração caiu no chão junto a outros órgãos e sangue, alguns estavam com manchas e caroços estranhos - talvez estivesse doente - . Mikhail puxa Carla para o segundo andar e bloqueia a porta no final da escada assim que passa por ela. Eles batiam na porta e de repente tudo se acalmou. Dava para ouvir passos no telhado quando de repente ele quebra e a criatura da estrada cai ali. Ela é lenta e se levanta com dificuldade. Carla atira, mas como antes as balas não parecem ter muito efeito. A criatura desfere um golpe contra ela, mas Mikhail a pega e se jogam no chão. Mikhail acerta a perna da criatura com o facão, ele se ajoelha, mas logo está de pé novamente. Mikhail e Carla se afastam da criatura, mas a criatura anda na direção deles e desfere outro golpe contra Carla e acerta de raspão na costela abrindo um ferimento não muito profundo. Mikhail tenta acertar a criatura mas fica difícil se aproximar com aquele machado e as estacas que atravessavam seu corpo. Mikhail vê um pequeno barril, sentindo um cheiro forte de gasolina, atira causando uma pequena explosão e jogando a criatura do outro lado do quarto e Mikhail e Carla pela janela do segundo andar caindo em cima de um trator e logo depois no chão. Mikhail se levanta com muita dificuldade pela queda e o ferimento da barriga e tenta ver se Carla está bem. Ela estava apenas desnorteada e dolorida pela queda, mas sobreviveria. Mikhail passa o braço dela pelo seu ombro e a ajuda a caminhar em direção a floresta, mas logo antes de partir daquela casa ele escuta o barulho de uma porta sendo arrombada e algo sendo arrastado pelo chão - para fazer tanto barulho só podia ser algo pesado - então Mikhail continua a ir em direção a floresta da um pequeno sorriso de canto.

(Mikhail) - Nos veremos depois.

*música tema do capítulo*