XI Alex

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Eu podia ter sonhado com pôneis e arco-íris, talvez minha incrível namorada. Sério, fazia um tempo que eu desejava sonhar com uma enorme cascata de chocolate, mas naaaão, o meu subconsciente tinha que me sacanear e manipular-me para o pior. Pelo o jeito, eu teria que sofrer e sonhar com a minha mãezinha. Não que a minha mãe seja algo ruim, apenas acho ruim sonhar com ela, pois era maravilhoso viver com ela. Eu sou um lixo, porém ela era uma coisa perfeita. Então você deve estar pensando "todo mundo fala isso, minha mãe também é perfeita", não minha mãe era perfeita a sua era só uma tentativa de perfeição. Eu tinha a sorte de ter ela como mãe e ela azar por me ter como filho.

Meu sonho era uma lembrança antiga e feliz, que me fazia sofrer de mais. Eu estava levantando da cama, o cheiro que impregnava o ar era do bacon divino que minha mãe preparava na cozinha e então corri atrás do cheiro magnífico.

Ela preparava o café da manhã, comecei a me aproximar até chegar perto o bastante e a abraçar pelas cinturas por trás. Eu deviria ter uns treze anos. Procurei o seu rosto e beijei sua bochecha.

----- Bom dia, Al ----- ela me abraçou ----- dormiu bem meu amor?

----- Sim! ----- exclamei ----- E você? Vendo o seu cabelo, andou dormindo mais do que o normal ----- baguncei seu cabelo como se o que eu dissera fosse verdade.

----- Ah para! ----- pediu rindo. Seu sorriso era lindo, radiante. Minha mãe tinha cabelos castanhos encaracolados curtos que roçavam os seus ombros, seu rosto era lindo ----- Eu faço o máximo para não te assustar, e faz isso? ----- ela riu novamente e eu também ----- Você não me viu ainda na pior forma!

----- Você é linda, mãe. Não existem piores formas para você

----- Meu filho é muito fofo!

----- É porque ele ama muito você.

----- Ou ele quer que eu prepare mais bacon.

Dei de ombros, como se fosse meu objetivo principal.

----- Pode ser também.

Rimos de nossa brincadeira. Fazia tempo que não ouvia sua risada.

----- Quando vamos ver o pai novamente?

Ela olhou para os lados procurando alguém, queria a garantia de que estávamos sozinhos, mesmo estando em casa e o Dan iria à escola de treinamentos comigo daqui à uma hora.

----- Não diga isso aqui! É muito perigoso, não conte para ninguém, nem mesmo a Dan, muito menos ele! Não confie em ninguém, apenas em mim okay?

----- Certo.

O sonho mudou e eu estava mais velho, estava com dezesseis. Eu caminhava pelas ruas de São Francisco, indo para a casa de meu pai. Quando cheguei, a casa se encontrava pegando fogo que a fazia em cinzas e no jardim estava minha mãe ensanguentada, com invisibilidade para ninguém a ver morrendo, somente eu.

----- Mãe! ----- gritei correndo em sua direção ----- Não!

Segurei a em meus braços e comecei a chorar com a dor no coração.

----- Filho...

----- Quem fez isso com você?

----- Desumanos... Eles viram minhas marcas... ----- sua voz era rouca.

----- Ah mãe... ----- pude sentir um nó se formando em minha garganta ----- Não morra, você é poderosa.

----- Não consegui mata-los... Eram... Só jovens... Como você, Al... Eu não pude fazer... Consegui salvar o seu pai.

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⏰ Última atualização: Feb 25, 2017 ⏰

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