As mãos do Torturador puxaram os cabelos de Annie para cima tirando a cabeça dela da bacia cheia d'água. Já fazia muito tempo que ela estava ali, com a cabeça na água, sem respirar.
Ele olhou para ela admirado por ela estar abrindo olhos e respirando normalmente como se nada disso a machucasse. Deveria estar morta, qualquer pessoa estaria. Mas Annie não.
O torturador a arrastou e a prendeu em uma cadeira. Ela esperneava, se sacudia e gritava, mas nada disso adiantava, ninguém a escutou. Os olhos já estavam inchados de tanto chorar. O monstrengo já tinha a espancado, eletrocutado várias vezes e agora afogara. Queria que fosse um pesadelo, que acordasse rapidamente. Infelizmente ela sabia que era real, já estava acordada.
Annie se assustou com a lareira, com o fogo crepitando, olhou para o homem e viu o seu rosto abrindo um sorriso maligno para seu brinquedo. O fogo pareceu queimar os seus olhos, as lágrimas voltaram a cair por causa do fogo que queimava seu rosto, e depois, os braços.
...
Bolhas apareceram nos seu corpo. Ardia demais, doía demais, mas principalmente o brasão quente que ele marcou em seu pescoço com o símbolo de um escudo.
De repente, a dor rapidamente parou, ela resistia a ela. Não sentia mais a ardência do fogo, novamente resistiu.
Annie secou as lágrimas. Agora, queria morrer. Não queria mais esse sofrimento, não encontrava a felicidade de viver, tampouco com nada, nem mesmo o seu destino.
Olhou para o torturador e disse:
---- Me mate ---- desafiou ---- ou me liberte.
---- Não farei nenhum dos dois. ---- falou quase rindo ---- Coisas preciosas não podem ser simplesmente perdidas.
A palavra preciosa ecoou pela cabeça dela. Nesse instante, acabou concluindo o quão importante era para ele esse experimento.
Quando ela percebeu a seringa entrando na sua veia já era tarde demais. Sua visão estava turva, o som da risada do torturador estava lenta. Ela estava atordoada e não pensava direito para reparar na seringa vindo em sua direção.
Sua visão foi escurecendo aos poucos, depois não escutava mais nada, suas pálpebras estavam ficando mais pesadas, até que ela não conseguir mais manter seus olhos abertos.
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Os Desumanos
Ficción GeneralANNIE está perdida nesse mundo. Ela não consegue enxergar as coisas como eram antes, aliás, ela descobriu que é uma Desumana, um ser que tem as mesmas necessidades que os humanos só que com poderes junto no pacote. Mas não sentir dor... Ela não faz...