Uma vez

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O rosto da menina desconhecida a minha frente implorava por piedade e compaixão, sua fina voz grita por salvação mas eu não conseguia parar. Olhei nos seus olhos azuis oceano, que em outras ocasiões eles estariam transmitindo paz, mas agora eles só transmite medo, dor e aflição. Rapidamente desvio os meus olhos dos seus, impedindo-me de ter compaixão. Vejo o sangue escorrendo das suas feridas, formando uma poça de sangue sob seu corpo.

- PARA,  POR FAVOR - ela grita implorando,  mas eu não paro. Sua voz já está me causando uma certa irritação,  eu já estava querendo ceder, por isso continuo. Os seus gritos ecoam pelo pequeno quarto,  o chão já estava cheio de sangue e os gritos saem da sua boca cada vez mais baixo
Seu rosto está com uma expressão de dor,  seus olhos estão lacrimejando,  seu corpo já está todo machucado e suas mãos que estão presas na cadeira,  já não a segura com tanta  força.
Eu não consigo mais continuar, e o seu corpo não aguenta mais,  eu paro,  e neste exato momento suas mãos se depreende da cadeira, seus olhos estão fechando lentamente e sua última gota de sangue é derramada.

Não entendendo o que está acontecendo comigo,  eu levanto do chão  frio que agora está coberto por uma camada vermelha.  Pego a faca e jogo a no chão,  meu pés passam sobre esse líquido,  andando em direção a mesa.  Pego as três tulipas brancas e ponho ao lado do seu corpo morto e frágil.

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