cárcere

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No lugar em que eu poderia ser livre, me fizeram prisioneira, as palavras ficaram dentro de mim. Eles prenderam a minha mão, para que eu não pudesse tocar, taparam a minha boca para que eu não pudesse cantar.

As cordas que estavam por todo o meu corpo, não me deixavam ver à  minha pele sadia, meus olhos foram cobertos pela venda do padrão. Aquele mesmo padrão que eu achava que fosse a liberdade me aprisionou.

Seu corpo era tão belo mas eu não enxergava isso; ele não era escultural e nem tão pouco me levava o caos, porém ele tinha a sua beleza, a venda não me deixou ver.

Eles tentaram me destruir, me ofereceram remédios, dor e disseram que tudo ia valer a pena.

Ah, como me arrependo de não ter percebido a beleza simples dos seus olhos, dos seus cabelos que mudavam de forma a cada momento, das sua risadas escandalosas, tímidas porém vividas.

Você é reluzente, sua beleza transcende o natural, mesmo não te vendo eu sei que és, mesmo não te tocando, eu sei que sua pele melhora cada vez mais. E, sei, que você está melhor, melhor que hoje, melhor que amanhã, melhor que nunca.

Foi em vão tudo que eles fizeram, eu fui liberta. Minha alma gritava, meu espírito voava dentro do meu interior mesmo presa, o pássaro que estava encarcerado foi liberto e conheceu o amor.

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