PRÓLOGO

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E foi naquele jardim que os nossos corpos se uniram. Eu sentia as batidas que o seu coração agitado fazia. Era forte, era intenso, era único. Era uma miraculosa droga eficaz que me deixava viciado em você. Eu afastava demônios quando ouvia a sua voz. Eu lutava contra dragões quando sentia o seu cheiro. Eu queria ser o teu herói, e apenas isso. E nunca deixar a última rosa cair. Os seus olhos me inspiravam a criar. E nos mundos que construí as suas pétalas estavam lá. Eu ainda consigo sentir o toque suave dos teus lábios me fazendo calar. Eu nunca deixaria a última rosa cair. Você me disse que o jardim com o tempo deixaria de existir. Mas e as sementes que continuam brotando dentro de mim? E as promessas que não se cumpriram? Aqui jaz um anjo para um martírio ilícito aguardando um velório emocional se transmutar em paraíso. O dia da colheita ainda não chegou. E você foi embora permitindo as feridas se abrirem em mim. Os filhos de Afrodite não desistem quando estão com o coração transbordando. E eu prometi que nunca deixaria a última rosa cair. A terra já parece morta. E só há um ser com quatro pétalas tentando sobreviver ao deserto. Eu estou sentado à sua frente usando as minhas lágrimas para não deixá-la cair. Sim, eu prometi. E eu não irei descumprir. Enquanto houver oxigênio percorrendo em meus pulmões. Eu não deixarei a última rosa cair.

 Eu não deixarei a última rosa cair

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