ATO II: Instantes

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Só faltavam duas plataformas para poder construir o meu castelo de cartas. Mas eu senti uma tempestade chegando. Era algo destrutivo que estava a caminho. A minha intuição nunca falhou. E ela sempre esteve comigo. Ela me dizia que os ventos do Oeste estavam chegando para derrubar tudo outra vez. Um furacão parado esperando apenas um toque. Eu tive que escolher entre o meu castelo pragmático ou a beleza instigante da natureza. O meu coração disparou, e eu não tive outra escolha. Eu o toquei. Em instantes eu me liguei a ele. E em instantes era somente eu e ele. E foi tão intenso que alterou todos os parâmetros da minha lógica. E eu não poderia mais escapar da rota de colisão. Em instantes tudo parecia um Jardim do Éden. E um toque fez transmutar uma rosa em um enorme carvalho simétrico. Em instantes tudo tinha acabado. E haviam pétalas por todos os lados. Eu me sentia em casa naqueles braços brancos como a neve. E eu me sentia rejuvenescido quando aqueles olhos se fixavam nos meus. Ele se tornou a minha favorita destruição. E por instantes ele me deu, e levou tudo. E com um toque ele fez os meus músculos tremerem. O fim marcava um encontro no olho do furacão, e o destino guiou-me até ele. Eu experimentei as sensações mais fantásticas após esta passagem hostil. Foi com um toque que nós criamos uma história. E com um toque fizemos o apocalipse imergir em nossos corações. Por um instante ele não me tocou, e tudo parecia estar perdido.

 Por um instante ele não me tocou, e tudo parecia estar perdido

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