1. Just another day

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Heey! Então, eu vou deixar uma breve descrição no início de cada one de como vai ser, aí vocês decidem se querem ler ela ou pulam pra próxima, espero que gostem! 

Descrição: Um salto no tempo de volta para 2015 onde Little Mix comemora os quatro anos de banda, e Perrie Edwards chora ao cantar The End. Um reencontro entre ela e Zayn no mesmo dia não pode ser só coincidência; 

Just another day to prove I love you when it's hard today I'll lay back in my chair and find a way.  

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  — Yeah, yeah. Isso nunca aconteceu antes, mas... encontrar ela? Sem chances, ela não iria gostar, devo ser a última pessoa quem ela quer ver agora. — foi o que disse para o meu agente e para todas essas outras pessoas que decidiram me importunar nesse dia e se colocar numa posição onde achavam que podiam mandar em mim. Mas era também o que eu estava tentando me convencer, havia essa parte de mim onde queria abraçá-la mais do que tudo, então havia essa outra parte onde pensava nas consequências e desistia da ideia. Sem chances...

  — Já passou pela sua cabeça que agora ela está num momento vulnerável e não liga pra quem você é ou o que fez pra ela, e sim a sua presença? Vamos lá Malik, complete esse vazio que você deixou em Perrie Edwards!— ele respondeu sorrindo, bufei desanimado e frustrado pensando que tipo de conselho Liam me daria, ou Louis, até mesmo Niall... Péssima hora para ter perdido o contato com eles. Agora tudo o que tinha eram conselhos da minha mãe, das minhas irmãs obcecadas por Perrie e agora do meu agente. Eu iria rir se essa fosse a vida de outra pessoa, mas não era, era a minha, então minha vontade era chorar. 

  — Eu chego lá, me defendo dos tapas que possivelmente ela vai me dar... e aí, o que acontece? Se eu não falei com ela até agora, é porque não sei o que dizer. Tudo o que eu tenho em mente é... "Oi, desculpa por terminar nosso noivado por sms, podemos deixar os sentimentos de lado e ser amigos? Ah e eu trouxe flores. Vamos lá, espírito da amizade, hein?!" — ele soltou uma risada alta, e assentiu. Assentiu!

  — Faça isso Zayn, compre flores e abra o seu coração pra ela, você sabe que deve isso à ela e à si mesmo depois do modo que terminou o noivado. Olha, eu não sou muito bom em conselhos mas apoie ela, ela chorou no meio de um show, sabe que a mídia vai cair matando e sufocando ela com pergun-

Parei de escutar quando sua sugestão pairou na minha cabeça. Flores, uh? Mas ainda era muito pra assimilar e muito para raciocinar, Perrie havia acabado de chorar num show e eu estava aqui sem saber o que fazer ou o que dizer, havia esse frio na minha barriga cada vez que eu pensava em falar com ela, e também havia uma nova consciência pesada quando eu pensava em deixar as coisas como estavam e não me pronunciar. Eu ficaria louco com tudo isso, novamente por culpa de Perrie Edwards.

Prometi que pensaria nisso e encerrei a ligação com meu agente. Já eram quase 11pm, então eu teria que me apressar se decidisse encontrar ela. O bom é que eu estava em casa, então havia essa forte tentação cada vez que eu olhava pro banheiro e pensava em me arrumar pra sair correndo atrás da minha noiv... ex noiva.

Olhei para a tv na minha frente frustrado com a programação de hóquei, então decidi de fato sair de casa agora a noite, mas só por culpa da programação péssima da tv...

Fui pro meu quarto disperso nesse silêncio vazio do meu apartamento, eu sempre gostei do silêncio, mas morar sozinho era um saco. Eu não tinha com quem conversar, com quem provocar, ou fazer sexo em todos os cômodos da casa, aqui eu não tinha uma loirinha irritante e constantemente brava que usava uma aliança com meu nome. Aqui havia eu e todo esse silêncio desgastante. Era apenas eu e meu incômodo silêncio. 

Quando entrei no meu quarto, troquei apenas essa bermuda da adidas que vestia por uma calça jeans escura, vesti uma camisa branca que havia como estampa o rosto pintado de David Bowie e coloquei uma touca preta que não conseguiu esconder todo o meu cabelo deixando meu topete pra fora. Por último coloquei meu vans de cano alto e peguei as chaves do carro que estavam jogadas em cima da minha cama e junto com todas aquelas bagunças aglomeradas da minha tarde corrida entre sessões de fotos e autógrafos. Na verdade todos os dias estavam sendo assim, e morando sozinho eu podia ver quão corrida era a minha vida, a bagunça servia como um lembrete.

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