(Y/N) tinha várias problemas por resolver. Devido a isto, decidiu remodelar completamente a sua vida ao se mudar para uma pequena cidade, pensando que fugiria ás responsabilidades. Mas no entanto, apaixonou-se rapidamente por um rapaz misterioso, qu...
Passadas algumas horas, chego finalmente áquela pequena cidade. Com esta viagem, espero conseguir ter algum tempo para relaxar e pensar em formas de resolver os problemas que deixei para trás, em Nova Iorque.
Logo que passo a placa a dizer Riverdale, avisto o que parece ser um pequeno bar, e visto que estou sem comer há horas, decido ir buscar alguma coisa para que me possa alimentar e recuperar as energias perdidas a fazer uma viagem tão longa e cansativa. Ao entrar no pequeno mas acolhedor bar, percebo que se encontra quase vazio. O que não é de estranhar, pois já é muito tarde. O único jovem que lá se encontra é um rapaz que me chama a atenção. Está sozinho numa mesa, vestido com cores escuras, e tem um computador á frente. Ao me dirigir para o balcão, passando pelo pé da mesa dele, percebo que está a escrever um texto. Talvez esteja a fazer os trabalhos de casa. Não deixo de reparar como é giro. Tem um cabelo escuro como o alcatrão e parece concentrado no que está a fazer. Depois de fazer o meu pedido, dirijo-me para a saída e olho novamente para ele.
Ao chegar ao apartamento onde ficarei, deito-me imediatamente por cima dos lençóis. É verdade que o apartamento não é grande coisa, mas serve para os dias em que cá ficar. Sinceramente não sei quanto tempo isso será, mas estava a precisar de sair de Nova Iorque imediatamente, e de certeza que novos ares que farão bem. Adormeço rapidamente.
No dia seguinte :
Todos os assuntos acerca da matrícula já estavam tratados, pelo que hoje já vou começar as aulas. Apesar de estar ansiosa, também estou preocupada, visto que não tenho nenhum amigo e não conheço ninguém nesta cidade.
O meu primeiro dia ia a correr muito bem, apesar de ainda não ter conhecido ninguém. Já me apresentei a todos os professores e nenhum se pareceu importar que eu tenha chegado a meio do ano. Na hora do almoço cruzei-me com um rapaz ruivo :
- Hey. És nova aqui, certo?
-Sim - disse eu, timidamente.
-Podes vir almoçar connosco. Se quiseres, é claro - disse ele, parecendo um pouco nervoso. Apontou para uma mesa ao fundo do pátio, onde se encontravam mais 3 estudantes. Uma rapariga muito bonita de cabelo escuro, outra de cabelo louro, que parecia estar concentrada em alguma coisa, pois estava a olhar pensativamente para o chão e um rapaz de cabelo escuro. É o rapaz do bar, que vi no dia anterior!
Ao nos aproximarmos da mesa, o rapaz e a rapariga de cabelo preto, que anteriormente conversavam, pararam e olharam para mim. O meu olhar cruzou- se com o do rapaz do bar. A rapariga loira é quem fala primeiro:
- Hey, Archie!
- Olá! Olhem, esta é a ...? Como te chamas? - perguntou o rapaz ruivo, que aparentemente se chama Archie.
- (Y/N) - respondi baixinho. Isto estava a ser deveras constrangedor, até porque eu não conseguia desviar o olhar do rapaz que vira no dia anterior.
- Ela é nova na escola. E eu convidei-a para se sentar connosco - disse o Archie, que até era muito simpático, enquanto se sentava numa cadeira.
- Então, tudo bem? Eu sou a Veronica - disse a rapariga de cabelo escuro, enquanto me puxava para me sentar ao pé dela - Esta é a Betty e aquele é o Jughead. De onde vens?
Então esse é o nome dele...
- Venho de Nova Iorque, ainda não sei quando tempo vou ficar.
- Uau, Nova Iorque! E o que te fez vir para aqui? - esta era uma pergunta que eu não queria responder.
- É uma longa história.
Ao longo da tarde, foram -me perguntando o que eu fazia em Nova Iorque, como eram as aulas etc... Acho que finalmente fiz alguns amigos. O Archie era muito simpático, apesar de não contar muito da sua vida, a Betty pareceu muito calma e inteligente , a Veronica foi com quem mais me identifiquei, é muito divertida e fez me sentir logo em casa. O Jughead ou Jug, como os amigos lhe chamam, é muito calado e quase não disse uma palavra, durante toda a tarde.
No fim de todas as aulas, o Archie e a Betty foram a pé para casa e a Veronica já tinha saído com a mãe. Eu e o Jughead ficamos, na entrada da escola, os dois, sozinhos. Depois de alguns segundos de silêncio e para meu espanto ele diz :
- Gostei muito de te conhecer, porque é que pretendes ficar tão pouco tempo?
- Bem... só vim para cá para arejar as ideias, não era suposto mudar-me definitivamente.
- Espero que fiques o máximo de tempo possível. Riverdale é uma cidade muito bonita. Tem muito para conhecer... Eu acho que deverias ficar até ao fim do ano, assim acabarias o ano cá, era mais fácil.
- Talvez tenhas razão, vou pensar nisso - ele tem razão. Era mesmo mais fácil terminar o ano cá, e nem falta muito para isso. Fiquei contente por estarmos a falar, pensava que iria acabar o dia, sem ter ouvido a voz dele. De repente, olho para as horas e percebo que tenho vários trabalhos para fazer, por ter entrado a meio do ano, e preciso de me adiantar.
- Já é tarde e eu tenho muito de fazer. Mas vemo-nos amanhã Jug.
- Até amanhã.
Mais tarde:
Ao chegar a casa, penso se devo ou não prolongar a minha estadia aqui. Eu só pretendia ficar 12 meses, mas a verdade é que arranjei amigos e quero muito conhecer o Jug melhor. E ele pediu-me para ficar! Ele pediu mesmo! Será que gosta de mim? Que palermice, conhecemo-nos hoje. Mas acho que vou ficar. Acabarei o ano cá e depois volto para Nova Iorque. O meu telemóvel toca, interrompendo os meus pensamentos :
- Filha, estás bem? Como correu o teu primeiro dia de escola? Continuo a achar que devias voltar. Tudo se vai resolver, não era preciso ires para essa pequena cidade para fugires de tudo! - calculava que ela diria isso.
- Era sim, mãe... Mas eu estou bem. E vou ficar cá até ao final do ano.
- Até ao final do ano? Aí, sozinha? - claro que ela não gostou da ideia, mas eu já me decidi.
- Sim, não te preocupes. Isto vai fazer-me bem. E até já fiz amigos.
Depois de lhe contar algumas coisas sobre a escola e a cidade, desligo o telemóvel e deito-me.
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