Chapter Seven - Heart Like Yours

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 (Y/N) :

 - Não te movas - digo, enquanto curo o olho negro do Jug. Ele arrepia-se e afasta-se, mas rapidamente se recompõe. - Tenho muita pena, não queria que nada disto acontece-se... - digo, fitando o chão em madeira velha do meu apartamento.

 - Tu não tens culpa, ele é que não presta... - diz ele, fitando-me docemente.

 Mesmo assim sinto-me horrivelmente culpada. Ele insistiu por eu não ir e mesmo assim , iludida pelo que esperava que acontecesse, não o ouvi. Espero que no futuro, o Luke mude e volte a ser quem era. Espero que encontre alguém que goste dele como eu gosto. Uma pergunta surgiu na minha cabeça... Se ele estivesse mesmo diferente, voltaria para ele naquele momento, no bar? E acho que sei a resposta, por mais dura que seja. Sim, voltaria. A verdade é que o Luke foi o amor da minha vida... E ainda o amo tanto que não consigo descrever. Só conheço o Jug á pouco tempo, e talvez, um dia, o consiga amar tanto como amo o Luke.

 No dia seguinte :

 Ontem, depois de eu e o Jug ficarmos a ver um filme no meu apartamento, esclarecemos o desagradável encontro, de horas antes. Agora, estou a caminho para outro dia de aulas.

 - (Y/N)!  - diz a Veronica, correndo rapidamente para me acompanhar - Tudo bem? - suponho que nenhum deles sabe da história de ontem e, é preferível assim continuar - Detesto acordar assim tão cedo! - diz ela, bufando para o ar. E continua a queixar-se de como os horários desta escola são horríveis... Quando chegamos á sala da Veronica, aceno-lhe enquanto ela desaparece por entre a multidão para a sua primeira aula.

 Ao chegar á porta do enorme edifício, mas desprovido de cor, reparo que o Jug deixou o portátil em cima de uma das mesas do pátio. Pelo menos, suponho que seja o dele. Mas ao me aproximar mais um pouco percebo pelos riscos e pelo estado de degradação que é. Deve ter-se esquecido dele aqui. Ao olhar para o ecrã, avisto um grande, grande texto em Word. Penso que seja algo para o jornal, por isso calculo que não se importe que eu leia um pouco. Sento-me e começo a ler o grande texto. Á medida que passo os olhos por cada linha, lágrimas em grande número escorrem pelas minha face.

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  E quando a vi pela primeira vez... percebi que tudo tinha mudado. "

 " Como ela é linda... "

 " Aquela linda rapariga, com um sorriso tão acolhedor e uns olhos da cor do oceano, nunca gostará de mim. "

 " Os nossos olhares cruzam-se e eu percebo que há esperança. "

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 Todo este tempo... O Jug não estava a escrever artigos para o jornal. Ele está a escrever um livro. Um livro sobre mim. Avanço mais algumas páginas, enquanto alguns alunos passam, já atrasados para a aula e perguntando-se porque estaria aquela rapariga a chorar.

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 " Nunca lhe quis fazer mal. "

 " Tudo isto foi um enorme erro. Obviamente que eu não gosto da rapariga loira como dela. "

 " Ela nem sabe como me faz falta...Como sinto falta do seu cheiro e dos seus cabelos na minha face. "

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 As lágrimas caem-me agora abundantemente, e de modo a acabar rápido com o meu sofrimento, passo freneticamente para as ultimas páginas.

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