Capítulo 12

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Ela continuou sem saber o que responder, e isso provavelmente estava o divertindo, porque ele continuava com o maldito sorriso estampado no rosto. Aquele sorriso que causava nela uma vontade de bater nele e ao mesmo tempo de beijá-lo ali mesmo. Mas não se renderia tão rápido assim.

- Não está tarde. São sete e meia da noite.

- Você vai se perder se tentar voltar sozinha.

- Já decorei o caminho.

- Mesmo que não esteja tarde, ainda assim é perigoso.

- Não é.

- A gasolina pode acabar.

- Isso não vai acontecer.

Nesse momento a mini discussão já estava virando um tipo de jogo pra ver quem tinha mais argumentos.

Jeffrey não sabia mais o que responder, então os dois apenas ficaram ali, se olhando em silêncio.

- Então, será que você pode descer do carro?

- Só se você descer comigo.

Gwen já estava ficando cansada desse joguinho, e percebeu que estava quase se rendendo completamente, mas decidiu ceder só um pouco.

- Certo.

Ele voltou a sorrir e desceu do carro, no mesmo momento que ela também desceu, encostada no carro enquanto observava o detetive ir até a porta de sua casa, se virando pra trás quando percebeu que ela não o seguia.

- O que você está fazendo? - ele perguntou.

- Você me pediu para descer do carro. Eu desci.

O detetive olhou para baixo, rindo, mostrando que estava claramente gostando daquilo.

- Você só pode estar brincando.

- Eu? Apenas fiz o que você pediu.

Ele andou até ela, chegando bem perto, mas não ao ponto de estarem grudados.

- O que eu tenho que fazer pra você entrar comigo? - ele disse pegando em sua cintura, e ela retirou a mão dele logo em seguida.

- Não assim, eu não vou entrar por isso.

Ele entendeu o que ela quis dizer, e deu um passo pra trás enquanto cruzava os braços e esperava para ouvir o que ela diria.

- Tente me convencer. Eu não sei como.

- Eu estou ficando cansado disso.

- E eu estou ficando com sono. - ela disse enquanto se espreguiçava. - Boa noite, detetive.

Ela andou rapidamente até a porta do carro, e quando ela finalmente a abriu, Jeffrey colocou a mão para fechá-la.

- Eu tenho algo para te mostrar. - ele disse enquanto ela o observava pelo vidro do carro, pois estava de costas para ele.

- Como o quê? - ela disse se virando, e ele a prendeu entre seus dois braços.

- É algo sobre a investigação. Eu acho que é de seu interesse.

O detetive observou que ela realmente estava interessada nisso, e apenas nisso, não nele ou em algo que ele tinha, e isso o deixou frustrado.

Naive • JDM Onde histórias criam vida. Descubra agora