Capitulo I

210 17 0
                                    

Ele bate o pé impaciente no chão, enquanto espera no corredor.

"Esse cheiro, é o mesmo sempre, quem imaginaria que depois daquele dia eu odiaria o cheiro de lavanda." Thaksin se lembra do primeiro dia que trouxe Toey aqui. Ele era apenas uma criança assustada, que tinha acabado de ganhar um cubo mágico, sem nem entender o que estava acontecendo, ainda assim sorria alegremente. Sem dúvida, Toey era a criança mais sorridente daquele hospital, mesmo com um câncer desgenerativo no cérebro, ele ainda tinha um espaço para um sorriso em seu rosto.

A porta finalmente se abre revelando o rosto do medico Sonbei, ele está serio, todas as palavras que não queria escutar foram ditas da forma mais calma e doce possível, mas nunca vai ser calmo e doce o suficiente para mudar a reação de Thaksin.

- Pai. - Toey sai da sala e se espanta ao ver seu pai chorar. - Não chora, eu vou ficar bem.

Toey abraça seu pai. Por mais que Toey não goste de ver seu pai chorar, ele não lutaria mais.

"Desistir, talvez, seja o melhor..."
_____

É o último a ser enbalado, um cubo mágico dessarumado, logo se lembra do dia que ganhou esse brinquedo. - "A promessa era que quando eu arrumasse o cubo eu poderia ir viajar. Meu pai, sempre tinha um jeito de me fazer parar de chorar." - Toey pensa enquando coloca o cubo de volta na gaveta.

Fecha a caixa com durex e escreve em cima com um canetão vermelho 'PARA DOAÇÃO'. Sai de seu quarto e vai direto para a cozinha.

- Terminei de enbalar meus brinquedos, acho que você já pode levar eles ao orfanato, já joguei fora os que estavam quebrados. - Toey fala enquanto pega uma maça na fruteira e sem lavar a morde.

Seu pai está sentado na mesa fazendo as contas do mês, a mesa está cheia de faturas. Ele está muito focado, tanto que nem percebi a presença de outra pessoa, cosando a cabeça e com uma caneta entre os lábios continua tentando achar seus erros no cálculo, ao ver essa cena Toey ri.

- Seria bem mais fácil usar uma calculadora, já teria terminado faz tempo. - Toey fala enquanto senta na mase de frente para seu pai.

- Seria fácil para você, eu estou velho, é bom usar a cabeça, assim eu animo um pouco meus neurônios. - ele respondi, olha para a mão de Toey pairada em cima das folhas e vê mais umas das manchas roxas na pele de seu filho. - Quando essa mancha apareceu?

- Hoje de manhã, acordei e ela ainda não tinha aparecido, mas depois de tomar banho ela já estava aqui. - ele recolhe sua mão devagar e morde mais uma vez a maça.

- Quantas no total?

- Três ou quatro. - Toey fala baixo, não quer assustar seu pai, no total já passa de sete manchas.

- Toey... Não aja como se você fosse um brinquedo quebrado sem concerto.

O silencio grita.

- Pai, eu não quero morrer em um hospital, em uma cama porque meu corpo não vai mais responder aos remédios, não quero mais lutar, quero que você tenha uma lembrança boa de mim. Vamos viajar, viver até eu morrer, eu to pronto, já me conformei.

- Eu não to pronto, não me conformei, eu não tenho ninguém além de você, filho. Se você for se tratar agora, você tem 80% de chance de recuperação_

- E os outros 20%?

- São menoria_

- Mas não são insignificantes.

O silencio interrompido antes cai muito mais forte agora, esse som, o horrível som de terminar um discussão sem nenhum dod lados ganhar. Toey já está cansado de brincar disso, ele vai para seu quarto, pega o cubo na gaveta, volta e bate ele com força na mesa, automaticamente chamando a atenção de seu pai.

- Vamos fazer um acordo. - Toey fala confiante.

- Um acordo?! - a reação de dúvida dele faz Toey pensar um pouco.

- Bem, você lembra desse cubo. - ele a ponta para o objeto, seu pai consente com a cabeça. - Então, dessa vez é sério, nós vamos ao hospital, e eu fico lá... até eu conseguir arrumar o cubo. Se eu te der o cubo arrumado antes do tratamento acabar, nós vamos viajar imediatamente pra onde eu quiser sem discussão, mas se eu não conseguir ou desistir, eu faço o tratamento até o fim, sendo eu melhorando ou não.

Ele estende a mão em um gesto de selar o acordo.

- Toey, tem certeza que quer tratar as coisas desse jeito.

- Tenho.

Aperta a mão de Toey, está selado.

"Eu vou ganhar, eu vou arrumar esse cubo, nem que eu tenha que dar minha alma por isso."

○○○○○○○○○○○○○○
Nota dos autores:
○○○○○○○○○○○○○○
Sim, você não leu errado, não é apenas eu (Bruno) escrevendo essa história, tem mas duas pessoas, Mayara e Fernando. Nós criamos uma pequena história com nosso shipper favorito (Ohm & Toey). Se notarem qualquer diferença de escrita entre os capítulos, sejam compreensíveis, estamos começando. Desde já agradecemos.

Toey: Pensa em alguém fofo?
Eu: Já pensei...
⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇

  ⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇⬇

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ohm: Vou seduzir você.
Eu: Não precisa, já conseguiu.
⏬⏬⏬⏬⏬⏬⏬⏬⏬⏬⏬⏬⏬⏬⏬⏬⏬⏬⏬⏬⏬⏬⏬⏬

         ⏬⏬⏬⏬⏬⏬⏬⏬⏬⏬⏬⏬⏬⏬⏬⏬⏬⏬⏬⏬⏬⏬⏬⏬

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Um Dia (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora