Capitulo VI

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Thaksin chega no quarto e não encontra Toey, pergunta a Ohm que fica relutante em contar o que aconteceu, mas mesmo assim o faz. Thaksin foi direto para o parquinho, "Toda vez que ele fica triste, sempre vai ao mesmo lugar." Chega e vê seu filho brincando no balanço.

— Não se acha muito velho para brincar nesse tipo de coisa? – Fala pegando nas duas correntes e puxando pra frente e pra trás, fazendo seu filho balançar.

— Sabe, eu me sinto uma pessoa nova demais... – sua expressão está calma, mas sua mente está um caos.

— Sim, você é novo demais pra já querer desistir.

— Sim, eu sou novo demais pra morrer... mas sabe o que eu percebi? – Thaksin para de balançar seu filho, apesar dos dois saberem, nunca tinham falado explicitamente em morte, nunca haviam pronunciado essa palavra, ele ouvi e fica sério. – Que mesmo cedo ou mais tarde... ela vai vir, só que eu acho, que ela quer vir agora.

— Toey... – seu pai fácil carinhosamente.

— Você veio para almoçar comigo, né? – Toey levanta em um pulo do balanço e sorri para seu pai. – Vamos logo, você tem que voltar para o trabalho.

Toey sai andando, enquanto seu pai ainda tenta encontrar uma explicação para seu filho estar se tornando uma pessoa totalmente irreconhecível.

— Você sabe por que uma pessoa morre de câncer? – Thaksin sem sair do lugar grita para seu filho que para no momento que escuta a pergunta. – Porque ela se entrega!

Toey se vira, sorri, mas seus olhos não acompanham os lábios, que agora estão marejados. E diz antes da primeira lágrima cair.

— Eu sei.
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Almoçam juntos, é como se a conversa de antes nem siguer existira, os dois voltam a rir e contar piadas bestas, apesar de seu pai querer conversar sério, pensa que isso vai levar tempo e muitas lágrimas, aquela hora não era muito boa para isso. Thaksin olha a hora, e vê que já está atrasado, mas mesmo assim espera seu filho terminar de comer, depois os dois andam até a porta do quarto, e em um gesto de carinho, Thaksin beija Toey na testa e vai.

Quando entra na quarto lá está Ohm e Nhem, bricando no celular simultaneamente, os pratos do almoço estavam na mesa encostada na parede. Ele vai até sua cama em silêncio, Ohm nota, mas quando vai chama-lo a enfermeira entra inesperadamente no quarto. Ela veio medir a pressão de Toey e dar a ele as últimas observações sobre o tratamento que vai começar amanhã.

— Tome isso. – a enfermeira da um papel a Toey, era o nome da doutora Rinje, a psicóloga do hospital. – Sei que você não gosta de ir na psicológica desde criança, mas vai lá, Rinje senti sua falta.

— Foi o médico Sonbei que recomendou, não foi? – pergunta sério.

— Sim, foi... aparece lá pra umas 3h00, ela vai ter o resto da tarde pra conversar com você. – ela ri, pega suas coisas dela e anda até a porta. – Eu sei que você deve saber, ou se esqueceu. Pode até parecer meloso o que eu vou dizer agora, mas... Todo mundo nesse hospital torce por você, Sorrizinho.

Toey dá um sorriso aperto para ela que rapidamente retribui com a mesma alegria, a enfermeira sai. E Nhem todo atrapalhado se vira na cama em um movimento rápido se direcionando a Toey.

— Hey, se é louco? – Ohm e Toey levam um susto com a pergunta, os dois levantam a cabeça ao mesmo tempo. – É por isso que está no hospital?

— Que tipo de pergunta é essa Nhem? – Ohm fala sério.

— Ue, ele vai passar na psicologica, só gente louca passa no psicoloco.

— Você já passou, e nem por isso é louco.

Um Dia (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora