Capitulo IV

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Acorda ouvindo risadas, ele olha a cama ao lado. Ohm está fazendo cocegas no seu irmão mais novo, que nem faz questão de segurar a risada.

— Bom dia. – Ohm pronuncia graciosamente abrindo um sorriso após perceber que esta sendo observado. – Viu você acordou ele, não tem vergonha. – Ohm direciona a fala ao seu irmão que se mexe como um louco em cima da cama dando risadas altas por causa das cocegas.

— Bom dia. – Toey diz, retribuindo o sorriso igualmente.

"Acordar com essas risadas é algo realmente bom." Toey fica observando os dois calado. Quando de repente a porta abre e mostra a figura de um homem de meia idade sério. Ohm ao ver o homem para de fazer cocegas no seu irmão, e rapidamente fica reto e sério de frente pro homem.

— Pai, – a postura de seu irmão é diferente, ele abre um sorriso que nem cabe no rosto. – você veio me ver?

— Sim, eu estou aqui, não estou. – após responder isso é como se a postura seria do homem nem existisse, ele transforma seu humor em algo agradável.

Ohm sem falar nada, passa pelo homem e vai até a porta.

— Eu gostaria de falar com você depois. – o homem direciona a frase para Ohm, que sem responder abre a porta e vê coincidentemente Thaksin que estava prestes a abrir a porta do quarto.

Ohm da licença para Thaksin entrar e logo após sai.

— Você acordou! Você dormi muito sabia. – o pai de Toey se aproxima, tirando a atenção dele da cena "pai e filho" da cama ao lado, para começar uma nova cena de "pai e filho".
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Toey, foi tomar banho logo após seu pai sair, quando sai só vê o seu coleguinha de quarto brincando sozinho com o celular. Ele iria ter finalmente a consulta com o médico Sonbei, que foi adiada por causa de uma bolada.

— Hey. – Toey fala com seu coleguinha, que estava concentrado no jogo.

— Oi. – o menino responde sem tirar os olhos do celular.

— Qual é seu nome?

— É Nhen.

— Ah, meu nome é Toey.

— Eu sei, meu irmão me disse.

— Ah, ele disse... – Toey fica intrigado. – e aonde está ele agora?

— Conversando com o papai lá fora.

Toey sai do quarto, deixando novamente Nhen sozinho. Ele olha a hora pelo relógio pendurado no corredor. "Droga, já é tão tarde." Ele desci as escadas correndo, quanto vê Ohm e seu pai conversando, parados em um dos rals da escada.

— Quando vocês vão voltar então? – o mais velho pergunta.

— Não sei, nós brigamos, Okay. Isso não é o fim do mundo pra mim... Sabe, eu estou bem agora, não é como as primeiras brigas que eu chorava e implorava pra voltar, se ela quiser desistir, que seja. – o mais novo pronuncia com firmeza.

Toey volta a si, "Eu estou atrasado, não dá pra ficar fuxicando a vida alheia agora." Ele volta pelo caminho que acabará de fazer sem ser notado. Pega o elevador e desci.

— Olá... – Toey fala entrando devagar no consultório médico.

— Oi, toey, tudo bem? – o médico faz um sinal com a mão indicando para Toey se sentar na cadeira na frente dele.

— Sim, estou ótimo. – ele se senta.

— Como se senti hoje? – ele olha para a mão de Toey, e lá está mais uma mancha que ele ainda não havia visto. – São quantas manchas até agora?

— Bem, sete, desde quando cheguei, apenas sete.

— Sete, são muitas manchas, você sabe que isso é um aviso do seu corpo. Nós podemos_

— Eu vou fazer, – Toey corta inesperadamente Sonbei. – vou fazer o tratamento. Sei o que você vai dizer agora, vai me mostrar estatísticas e probabilidades de minha melhora com o tratamento. Vai me dar sessões de quimio, talvez até radio, o que dá  seis meses no hospital fazendo tratamento observado, já que minha imunidade é super baixa. Juntando o problema que eu tenho de anemia, vai me dar uma alimentação especial, talvez vou ter até que tomar suplementos. E também vai falar dos talvez efeitos colaterais, que o termo não é "talvez" e sim, concerteza. Concerteza vou ter perda de cabelo, enfraquecimento físico, cansaço, náuseas e emagrecimento. Isso se o tratamento der resultado, se não eu posso sofrer por mais de seis meses e ainda acabar numa cama parecendo um moribundo.

Sonbei se assusta, Toey sempre tinha sido um menino agradável, nunca agira assim antes. Mas ele podia entender, o que ele mais fazia era entender seu pacientes.

— Toey, – ele fala com tom manso. – você não quer fazer o tratamento?
...
— Pra ser sincero... não. Sei que eu sou jovem, e o plausível seria eu lutar, porque eu sou forte. Mas eu tenho medo, não de ter uma morte ruim, mas de sofrer até lá. – com essas palavras os olhos de Toey ficaram vermelhos.

Sonbei tinha ouvido tudo, mas nunca isso.

— Então por que você está aqui?

— Porque tem uma pessoa, que por mais que eu queira desistir, eu não vou machuca-la. Meu pai só tem eu. Sem mim, quem vai lembrar das coisas que ele esqueci. Quem vai encher o saco pra fazer as coisas. Quem vai abraçar ele todos os dias. Quem vai rir com ele. É por isso que eu vou fazer, pra tentar mostrar pra ele, pra preparar ele. Qual ambiente melhor que um hospital. – lágrimas cairam dos olhos deles.

Sonbei era forte com emoções, já havia provado a amargura de perder um paciente inúmeras vezes. Mas aquele menino era diferente, viu ele crescer naquele hospital. Toey já havia feito inúmeros tratamentos, e depois de três anos sem se quer rastros da doença ele volta ao "sofrimento" denovo.

— Vamos começar o tratamento, vamos apenas tentar, por um mês, e durante isso, eu e você, vamos convencer seu pai. Okay?

Toey abriu um sorriso de gratidão.

— Okay.
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Nota dos autores:
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Aquele momento que você escrevi seu primeiro capítulo na história e ele é triste 😒... Sim, estamos fazendo rodízio pra escrever, cada hora vai um... Bem, espero que tenham gostado, comentem e votem.

Obs: Também quero ver eles se pegar logo, sou o tipo que parte direto pra ação 😏 hehehe.

Ass: Feh

Peak me representa olhando essa cena rsrsrs (cadê o Boom uma hora dessas ein...)

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Um Dia (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora