Capítulo 4

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Gustavo 

Eu não sabia o que tinha acontecido na minha vida. De repente tudo mudou. Eu não sabia o que fazer. Eu estou em lugar novo, em uma cidade nova, onde ninguém sabe quem eu sou. Por um lado é bom, poder fazer a minha imagem, sem ter meu sobrenome atrapalhando tudo. Cidades pequenas tem esse lado bom. Mas eu não sou bom com coisas novas, estou acostumado a ter tudo que eu quero com apenas algumas palavras. Mas tudo mudou depois que o meu pai resolveu casar. 

FLASHBACK 

-Ta agora me explica por que eu tenho que ir??? 

-Porque meu filho a Lais falou que você está sendo muito mimado por mim, que tem as coisas fáceis demais. E realmente, ela está certa meu filho, você tem que aprender a se virar sozinho. Meu filho não irei te abandonar. Eu tenho uma casa lá, você ainda terá a minha ajuda financeira, só que reduzida. 

-Quer dizer que se a Lais falar para você se afastar de mim, você irá fazer? 

-Meu filho você está entendendo errado. Eu jamais te abandonaria. 

-Ok pai. Entendi. Agora me de licença, preciso terminar de arrumar as minhas malas. 

FIM DO FLASHBACK 

Hoje reparo que até que não foi ruim vir para cá. Não quer dizer que eu não gostasse da mulher que estava com o meu pai, mas porque ela está tentando pegar o lugar da minha mãe, ela tenta cuidar de mim, querer saber da minha vida, eu não gosto de pessoas que invadem a minha privacidade, não sou de me abrir com as pessoas, detesto curiosidade, mas ela insiste em tentar se aproximar, não que eu seja uma pessoa ruim, pelo contrário, eu super respeito ela, o que me irrita é ela se intrometer demais na minha vida. 

Eu estava tão estressado que esqueci que um menino me convidou para uma balada, eu confirmei, se tem uma coisa que amo, são lugares com muitas pessoas, onde não importa quem você é, o importante é curtir. Comecei a me arrumar, e me veio a menina do curso na minha cabeça, ela era linda, aquele jeito marrenta dela, o sorriso, tudo nela, aquele cheiro de canela com camomila que ela tinha, o que era bem estranho, porque normalmente as meninas passam aqueles perfumes super doces e enjoativos, mas ela não. Eu tinha que focar em me arrumar, ela é só mais uma menina.  

Meia hora depois o menino estava batendo na minha porta. Eu segui ele com o meu carro, não queria ter que me forçar a conversar com alguém que eu não tenho intimidade. Ao chegar no local percebo que não era um balada qualquer, era uma pra vips, o que com certeza teria fotógrafos, isso não sairia nada bem, mas não vou deixar de aproveitar a noite por causa do meu nome. Entro no lugar com facilidade, já que o menino, que eu ainda não lembrei nome, tem entrada livre. Percebo algumas meninas me olhando, mas resolvo ignorar e dançar um pouco. Do nada sinto uma vontade de olhar pra porta, como se algo me puxasse pra la, quando olho me espanto, não acredito que a Paola frequenta esses lugares, não faz muito a cara dela, resolvo ir pro bar pegar uma bebida e ficar observando ela. Ela chegou e já foi dançar, o que era incrível, parecia que ela ditava o ritmo, como se a musica estivesse no corpo dela, comecei a ficar com ódio já que não era só eu que olhava para ela e sim quase todos da balada, alguns caras até tentavam chegar nela, mas ela expulsava todos. Na coragem e depois de dois copos de whisky, resolvo chegar nela. Chego por trás e ela não me afasta o que é estranho já que ela afastou a todos. 

-Olha quem está dançando comigo. - Ela se vira pra mim, vejo seu olhar brilhando. - Então Gustavo, o que faz por aqui? 

Era incrível o poder dessa menina, ela falava perto do meu ouvido, o perfume dela me invadia, minha vontade era de sair daquele lugar com ela junto comigo. Mas resolvi entrar no jogo dela, sabia que ela não era tão fofa assim. 

Me Traga Para A RealidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora