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Três batidas na porta. Ela se abre, revelando uma jovem mulher de cabelos pretos, compridos e cacheados.

— Oi.

— Olá. Você é Ava Terrel, correto?

— Sim. E quem são vocês? - A jovem pergunta, meio assustada.

— Somos os agentes Hotchner e Lewis, do FBI. Podemos fazer umas perguntas?

— Podem sim. Entrem.

Os agentes se acomodam na sala da garota, em um sofá. Ava senta em uma poltrona, à frente dos agentes. O apartamento de Ava é o estereótipo de alguém solteiro: informal, limpo, bonitinho, com uma baguncinha meio que arrumada. Hotchner tira um envelope pardo de dentro do paletó e o põe em cima da mesinha de centro da sala.

— Ava, queremos que olhe algumas fotos. Quero que diga se as pessoas nas fotos se parecem familiares. - Diz Lewis, abrindo o envelope e espalhando as fotos das outras garotas na mesa. Todas as fotos mostravam elas em algum momento descontraído, e foram previamente selecionadas dentre as redes sociais das meninas. Na parte inferior das fotos foi colada uma etiqueta com os nomes das mesmas.

— Tirando que todas elas tem um cabelo vermelho e comprido como o meu era há sete meses, nada me é familiar. - Ava diz, meio confusa.

— Todas essas meninas foram dadas por desaparecidas, e em questão de uma semana, foram encontradas mortas embaixo de árvores em parques públicos. Juntamente com cada um dos corpos, o elemento desconhecido deixou uma carta. - Hotchner diz, entregando um papel à garota, uma fotocópia da última carta. Ava lê, e suspira pesadamente.

— Não acredito. - Ava larga o papel na mesa e segura a cabeça com as mãos. - Essa é a letra do Rodrick.

— Rodrick? - indaga Lewis.

— Sim. Rodrick Pierce. Ele era um cara legal, sabem? Romântico na medida certa, se preocupava comigo, cuidava de mim. Nos seis primeiros meses foi assim. Ele era intenso, fofo, apaixonado. Minhas amigas me diziam que ele era bom demais para ser verdade. - Ava dá uma risadinha nervosa - E não é que elas tinham razão? Da metade do sexto mês em diante, pareceu que alguém tinha matado aquele Rodrick e substituido por outro. Ele ficou possessivo, ciumento, violento. Me batia, não deixava eu sair com as meninas, desconfiava até que eu tivesse traindo ele com o Jordon. O Jordon é meu irmão! Nossa, foi horrível. Eu cansei. Naquela época a gente morava em San Francisco, então fiz minhas malas e me mudei aqui para Sacramento. Mudei meu número de telefone, bloqueei ele em minhas redes sociais, nunca mais falei com pessoas que o conhecem. Mas parece que ele está de volta por aqui... - Ava tem lágrimas nos olhos, que não escorrem, apenas embaçam sua visão. Ela suspira mais uma vez, entristecida e com medo. - Se for ele, vocês irão detê-lo?

— Sim. Outra menina sumiu, então estamos trabalhando ao máximo para que mais um corpo nao seja desovado ao final dessa semana. - Lewis fala, pegando na mão de Ava e a amparando. - Está disposta a nos ajudar?

— Sim.

A RuivaOnde histórias criam vida. Descubra agora