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Os agentes se reúnem a redor de uma mesa. Em um quadro na parede, fotos das sete vítimas, nomes e ligações. Relatórios são distribuídos, e palavras começam a ser trocadas.

- Aparentemente Rodrick Pierce não está com Leah. Segundo a mãe dele, o álibi confirma. Ele estava em casa no momento em que supomos que Leah desapareceu. E está indo trabalhar todos os dias. - diz Hotchner.

- Ava St.Clare também teve uma história complicada com um homem recentemente. Pode ser que esse homem seja o nosso elemento desconhecido. - Diz JJ.

- Se Rodrick Pierce não está com Leah, onde ela pode estar? Taylor disse que ela não podia ter ido na casa de ninguém, pois são solitárias. - Diz Rossi, folheando o relatório.

- Temos o perfil, não temos? - Indaga Lewis.

- Sim. Vamos liberá-lo.

Em meia hora, organiza-se uma coletiva de imprensa. Repórteres, policiais, investigadores particulares e a unidade de elite, todos com pranchetas e gravadores nas mãos, aguardando para ouvir o que os detetives tinham a dizer.

- O nosso elemento desconhecido é um homem branco, de 25 a 35 anos, solteiro. Ele tem facilidade em se relacionar com pessoas, porém elas não conseguem suprir suas necessidades. - Começa Hotchner.

- Ele deixa bilhetes junto aos corpos como uma espécie de pedido de desculpas misturado com promessa. Ele não irá parar até achar quem ele procura. - Diz Lewis.

- O fato de ele espancar as vítimas e desfigurá-las sugere uma raiva contida, um jeito de se vingar. - Complementa Morgan. - Ele direciona sua raiva a uma pessoa que lhe lembra o alvo original.

- Olhando de longe, ele parece sr alguém normal. Não influente, tem um emprego comum, casa e carro próprios, que usa como local de cativeiro. - Diz JJ.

- Seu comportamento até então tem sido atacar garotas ruivas, na faixa dos 20 aos 25 anos, à noite, quando estão sozinhas, na saída de festas. Recomendamos às garotas andarem em grupo, e se precisarem sair tarde, andem juntas, de preferência com outro homem junto, para sua segurança. Atualmente suspeitamos que ele esteja com Leah Martinez, que não é vista desde sábado, porém mesmo assim, tome cuidado. Obrigado. - Encerra Rossi.

Eles voltam para o escritório. Uns dão telefonemas, outros relêem os relatórios.

- Reid! - Chama Morgan, notando que o colega está mais quieto que o normal, fitando o nada, perdido em pensamentos. - O que você tem? Não falou uma palavra desde que voltou da Ludic Store.

- Eu tô bem, Morgan. Só estou com uma dor de cabeça infernal - Diz Reid.

- Ah, cara. Eu te conheço quando está com dor de cabeça. Não é essa cara que você faz. Tem algo te incomodando, eu sei disso. É algo sobre o caso? - Insiste Morgan, sentando-se à frente de Reid.

- Morgan... e se eu te disser que eu tenho 100% de certeza que o nosso elemento desconhecido é sim Rodrick Pierce, por mais que todo o resto e o álibi dele diga o contrário?

- Como você tem tanta certeza?

- Eu vi. Vi nos olhos dele, quando ele olhou para aquelas fotos. Poucas pessoas tem a capacidade de mentir olhando firmemente nos olhos de outra pessoa. Rodrick não é uma delas. Desviava o olhar de mim e do Hotchner, mas fitava as fotos intensamente. Quando eu mostrei a foto da Ava Terrel, as puplias dele dilataram e eu vi ele arfar. Tudo isso não passou de cinco segundos, mas eu vi. Ele se encaixa no perfil. Deve ter algo que a Garcia deve ter deixado passar... - Reid se levanta, quase correndo em direção das escadas. As desce, atravessa a sala das mesas coletivas e entra na sala da Garcia, assustando-a.

- Calma aí, super gênio! O que aconteceu para você entrar aqui correndo desse jeito? - pergunta Garcia.

- Você tem o relatório do Rodrick Pierce aí? - Reid pergunta

- Tenho sim. Mas porque interessado nisso agora? Já não liberaram o perfil?

- Liberaram sim. Mas quero ler de novo. Sei lá, parece que tem algo que foi deixado passar. Se ele estiver com ela, segundo o timing das outras mortes, hoje ele a mata, e amanhã encontrarão ela embaixo de uma árvore, com mais uma carta para Ava. Agora mesmo ele pode estar torturando ela, E... Deus, eu sei exatamente pelo o que ela deve estar passando. - Diz Reid, passando as mãos nos cabelos.

- Tá. Calma. Tô lendo umas coisas aqui. Não tem nenhuma inconsistência. Nada estranho comprado com cartão de crédito. Reid, até onde eu consigo rastrear, o cara é normal... - Garcia fala, digitando comandos no computador.

- Rastrear... é isso! - Reid estala os dedos. - Você ainda tem aquele software de triangulamento pelo GPS do celular da pessoa?

- Tenho sim. Se o celular da pessoa estiver ligado na rede eu consigo triangular a localização dela com uma margem de erro quase que mínima. Ah! Nosssa, você é um gênio mesmo!

- Localize Leah Martinez. Eu sei que a probabilidade de o celular dela estar descarregado é enorme, mas por favor, tente.

- Tá... Deixa eu ver aqui... - Garcia tecla uma série de comandos no teclado, abre o programa e digita uma sequencia. - Vamos lá, sisteminha... Aqui! Achei Reid! Ela está no interior da cidade! - Reid abre um sorriso e se aproxima do computador.

- Agora, faça a mesma coisa com Rodrick Pierce. 

- Localizando... Aqui. Reid, ele está a um quilômetro e meio de Leah. Está em movimento, olhe. Pela rapidez eu diria que está de carro. 

- Eu quero estar errado, mas tenho certeza que ele está indo para o lugar onde está Leah.

A RuivaOnde histórias criam vida. Descubra agora